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POLÍCIA
Cezar Alves, da Redação
01/06/2016 15:36
Atualizado
02/06/2016 16:27

Acusado de dá sete facadas no amigo pega 2 anos e 8 meses de prisão

Réu Antônio Conrado alegou que furou com uma faca sete vezes o amigo Francisco José da Silveira de Sousa porque este estava querendo namorar com sua sobrinha; crime foi em 2010, no bairro Aeroporto II, em Mossoró
Cezar Alves

Denunciado na Justiça pelo Ministério Público Estadual por ter dado sete facadas em Francisco José da Silveira de Sousa, no dia 23 de maio de 2010, o motorista Antônio Conrado Neto, de 49 anos, terminou sendo condenado a apenas 2 anos e 8 meses de prisão em regime aberto.

Veja sentença na INTEGRA.

O julgamento aconteceu na manhã desta quarta-feira, 1º de junho, no Fórum Municipal Silveira Martins. O réu estava em liberdade, aguardando a reunião da sociedade para julgar seu crime de tentativa de homicídio, no caso contra o amigo Francisco José da Silveira de Sousa.

O crime aconteceu no bairro Aeroporto II, em Mossoró. A vítima Francisco José Silveira de Sousa bebia num bar em frente de casa, na Av. Felipe Camarão, quando o acusado chegou pedindo para ele não perturbar a sobrinha Júlia Bezerra Pontes, por quem a vítima era apaixonada.

Ao Poder Judiciário, Antônio Conrado contou que ficou sabendo que Francisco José Silveira de Sousa já havia comprado um revólver para matar sua sobrinha e que o assassinato seria no dia seguinte. Disse que é amigo de infância da vítima e não lembra quantas facadas deu.

Já Francisco José Silveira de Sousa confirmou ao Poder Judiciário que realmente estava apaixonado por Júlia Bezerra Pontes e que havia uns três meses que estava tentando namorar com ela. Ele contou que no dia se aproximou de Antônio Conrado já sabendo o assunto.

Francisco José Silveira disse, na Justiça, que estava sim tentando namorar a jovem Júlia Bezerra Pontes, mas que se a família não aceitasse ele poderia deixar de procurá-la e mesmo assim Antônio Conrado teria sinalizado intenção de viver em paz.

Segundo a vítima contou ao delegado Denis Carvalho da Ponte, Antônio Conrado perguntou se Francisco José Silveira tinha arma e este teria respondido que não tinha, explicando que não tinha inimigos. “Já que você não tem arma, eu tenho esta aqui para você”, relatou a vítima ao delegado, ainda hospitalizado, onde se recuperava das 7 facadas que sofreu.

A vítima foi amparada pela jovem Júlia Bezerra Pontes, que mora próximo. Ela contou que ouviu os gritos, foi ver e lá o encontrou sangrando. Disse que o colocou sentado e ajudou a chamar o SAMU para socorrê-lo. Ela confirmou que realmente a vítima era apaixonado por ela.

O julgamento começou às 8h com o sorteio dos membros do Conselho de Sentença. A defesa do réu foi feita pelo advogado Sávio José de Oliveira. Já acusação ficou por conta do promotor de Justiça Armando Lúcio Ribeiro. Os trabalhos tiveram a presidência do juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros.

O julgamento

O promotor Armando Lúcio Ribeiro pediu a condenação do réu por tentativa de homicídio em sua forma qualificada, ou seja, poderia pegar acima de 12 anos de prisão. Já o advogado de defesa Sávio José de Oliveira defendeu tese de que o crime teria sido simples.

Ao final do julgamento, o Conselho de Sentença, formado por sete pessoas da sociedade, condenou o réu por homicídio simples. Na dosimetria da pena, o juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, seguindo o previsto em Lei, aplicou pena de 2 anos e 8 meses ao réu em regime aberto, ou seja, basta se apresentar e assinar um livro por este período.

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