31 DEZ 2025 | ATUALIZADO 10:26
ESTADO
31/12/2025 08:32
Atualizado
31/12/2025 08:32

RN se candidata para sediar supercomputador do Plano Brasileiro de IA

O Governo do RN será o primeiro estado a apresentar proposta para sediar uma nova unidade do Laboratório Nacional de Computação Científica, com o objetivo de instalar um supercomputador de alto desempenho previsto no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial. A proposta será formalizada em janeiro de 2026, indicando o Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo. O supercomputador, orçado em R$ 1,8 bilhão, deverá estar entre os dez mais potentes do mundo e será essencial para fortalecer a soberania tecnológica, apoiar pesquisas científicas e impulsionar o desenvolvimento da inteligência artificial no Brasil.
O Governo do RN será o primeiro estado a apresentar proposta para sediar uma nova unidade do Laboratório Nacional de Computação Científica, com o objetivo de instalar um supercomputador de alto desempenho previsto no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial. A proposta será formalizada em janeiro de 2026, indicando o Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo. O supercomputador, orçado em R$ 1,8 bilhão, deverá estar entre os dez mais potentes do mundo e será essencial para fortalecer a soberania tecnológica, apoiar pesquisas científicas e impulsionar o desenvolvimento da inteligência artificial no Brasil.

O Governo do Estado será o primeiro estado brasileiro a apresentar proposta para sediar uma nova unidade do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), com o objetivo de viabilizar a instalação do supercomputador de alto desempenho previsto no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), iniciativa estratégica do Governo Federal voltada ao fortalecimento da soberania tecnológica do país.

A governadora Fátima Bezerra participou, nesta terça-feira (30), de uma reunião virtual com a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e equipe técnica do ministério. Também estiveram presentes os coordenadores do Núcleo de Processamento de Alto Desempenho do Instituto Metrópole Digital da UFRN (NPAD/IMD/UFRN), Samuel Xavier e João Kleber, além do secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico do Estado, Hugo Fonseca.

O supercomputador é um equipamento de altíssimo desempenho utilizado por instituições públicas para processar grandes volumes de dados e realizar cálculos complexos, apoiando pesquisas científicas, desenvolvimento tecnológico, políticas públicas, inteligência artificial, previsão climática, saúde, energia, defesa e planejamento estratégico.

O Governo do Estado irá formalizar oficialmente a proposta ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em 15 de janeiro de 2026. Após a realização de estudos técnicos, foi definido o Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo (PAX), em Macaíba, como área para a instalação do supercomputador.

Além do Rio Grande do Norte, apenas a Prefeitura do Rio de Janeiro apresentou manifestação de interesse, condicionada ao atendimento de critérios como disponibilidade energética, conectividade e área geográfica adequada.

Justiça para o NE

Ao término da reunião, a governadora Fátima Bezerra destacou a relevância do posicionamento potiguar. “Fico muito feliz ao ouvir que o Rio Grande do Norte é o primeiro estado a se posicionar de forma objetiva nessa disputa. Isso nos inspira a continuar avançando com ainda mais determinação. Também considero fundamental que o Nordeste seja olhado com atenção especial nesse contexto. Isso não é privilégio, é uma questão de justiça e de oportunidade, considerando todo o potencial que a região oferece”, afirmou.

O principal diferencial do Rio Grande do Norte é o baixo custo operacional, especialmente em razão da energia elétrica. “O estado é um dos maiores produtores de energia renovável do país, com excedente de geração, o que permite reduzir de quatro a seis vezes o custo energético na operação de um equipamento que demanda entre 10 e 15 megawatts, além de atender ao requisito de uso de energia 100% limpa e gerar economia estimada de até R$ 600 milhões em dez anos”, defendeu o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico do Estado, Hugo Fonseca.

A condução do processo técnico, em nível federal, está sendo coordenada por uma comissão formada pelas ministras Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação) e Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), além do ministro Rui Costa (Casa Civil). O núcleo ministerial é responsável pela implementação do PBIA, pela definição das especificações técnicas do supercomputador e pela articulação institucional com estados e municípios.

Decisão estratégica

A ministra Luciana Santos ressaltou que os critérios técnicos serão determinantes para a escolha do local. “A instalação do supercomputador é uma decisão estratégica que envolve tanto critérios técnicos quanto uma definição que caberá ao presidente Lula.”, afirmou.

Os investimentos no projeto contarão com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Como referência, foi citado o aporte recente de R$ 490 milhões destinado à infraestrutura tecnológica em São Paulo, voltada ao fortalecimento do governo digital e à ampliação de serviços públicos à população.

Segundo o coordenador do NPAD/IMD/UFRN, Samuel Xavier, a proposta potiguar não prevê a retirada do LNCC de Petrópolis (RJ), onde a instituição funciona atualmente, mas a criação de uma segunda unidade. “A gestão e a administração permaneceriam sob responsabilidade do MCTI, a exemplo do que ocorre com outros institutos nacionais, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)”, explicou.

Diferencial do RN

Estimado em R$ 1,8 bilhão, o supercomputador terá padrão internacional e deverá figurar entre os dez mais potentes do mundo. A estrutura será fundamental para o desenvolvimento da inteligência artificial brasileira, reduzindo a dependência de plataformas estrangeiras e ampliando a capacidade nacional de processamento de dados em larga escala.

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