O Tribunal do Júri Popular, da Comarca de Mossoró, volta a se reunir nesta terça-feira, dia 18 de novembro de 2025. Desta vez, para julgar o destino de João Paulo Lima de Moura, réu preso, pelo assassinato de David Nicolas da Costa Vilela, no bairro Santa Júlia.
Os trabalhos devem começar de 9h, sob a presidência do Juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. O promotor Armando Lúcio Ribeiro foi designado para fazer a acusação no plenário, enquanto o réu contratou o advogado Otoniel Maia de Oliveira Junior para a defesa.
Na madrugada do dia 10 de abril de 2024, Jefferson Lucas Nascimento Targino, o Jeffinho, Matheus Carlos de Sousa, o Matheus Ploc, e João Paulo Lima de Moura, segundo o MPRN, mataram David Nícolas da Costa Vilela, no conjunto Nova Mossoró.
Para compreender melhor este caso, o MPT fez um aditamento na denúncia, para fazer constar que os três, no dia anterior, ameaçaram e constrangeram uma pessoa (nome resguardado) para mostrar o endereço que David Nícolas da Costa Vilela estava escondido.
No dia do crime, segundo relata o MPRN, usando um veículo tipo Gol, o trio foi até a casa de David, invadiram pela janela de vidro, o arrastaram de dentro de casa até o quintal e o executaram com muitos tiros de pistola 380 e 9mm na cabeça.
O motivo do crime
No caso, o réu que está sendo julgado nesta terça-feira, João Paulo, segundo o MPRN, desceu do veículo com um dos comparsas para cometer o crime e deixou o terceiro no volante do veículo, preparado para uma fuga rápida, caso necessário fosse.
Ataques desta natureza estão se tornando rotineiros, em praticamente todas as regiões de Mossoró. Quase sempre confronto entre facções, se matando pelo controle do tráfico de drogas. Só em 2025, o número de mortes em ocorrências semelhantes, já se aproxima de 80.
No caso de Jefinho, será julgado em momento posterior. Inclusive, há poucos dias, ele foi condenado a 14 anos de prisão por matar um adolescente no bairro Planalto 13 de Maio, em Mossoró, para atender interesses da facção Comando Vermelho.
Já com relação a Matheus Ploc, este deve ser julgado em momento posterior.
O julgamento de João Paulo começa por volta das 9 horas com o sorteio dos sete membros que vão compor o Conselho de Sentença. Em seguida, será iniciado a oitiva do réu, pelo juiz, promotor e o advogado de defesa, que poderá ficar calado ou contar sua versão dos fatos.
A fase seguinte do julgamento, são os debates. Primeiro o promotor Armando Lúcio Ribeiro terá 90 minutos para expor os fatos e pedir a condenação do réu. Em seguida, será a vez do advogado Otoniel Maia Junior, no mesmo período de tempo, fazer a defesa do réu.
Ao final dos debates, o juiz Vagnos Kelly convoca os jurados a Sala Secreta, onde vão decidir pela condenação ou não do réu, votando os quesitos definidos em plenário. Com a decisão dos jurados, que é soberana, o juiz Vagnos kelly define a sentença e anuncia.