O Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) divulgou, nesta quinta-feira (9), o novo balanço das reservas hídricas do estado. De acordo com o levantamento, os mananciais potiguares acumulam atualmente 2,29 bilhões de metros cúbicos de água, o que representa 43,39% da capacidade total de armazenamento, estimada em 5,29 bilhões de m³.
As regiões do Médio Oeste e do Baixo Açu apresentam as melhores situações hídricas. O Médio Oeste soma 552,4 milhões de m³, correspondentes a 60% da capacidade, enquanto o Baixo Açu possui 1,27 bilhão de m³, o equivalente a 52% do volume total que pode armazenar. Já a região do Seridó registra o pior índice, com apenas 15% da capacidade ocupada, totalizando 176,4 milhões de m³.
Entre os principais reservatórios potiguares, a barragem Armando Ribeiro Gonçalves — a maior do estado — acumula 1,23 bilhão de m³, o que corresponde a 51,86% da capacidade total. A barragem Oiticica, que recebe águas da Transposição do Rio São Francisco, registra 108,8 milhões de m³ (14,66% da capacidade). Já o açude Santa Cruz do Apodi, terceiro maior do RN, está com 361,7 milhões de m³, ou 60,33% da capacidade.
Em termos percentuais, quatro mananciais estão com volumes superiores a 80% da capacidade: as lagoas do Jiqui (Parnamirim) e Pium (Nísia Floresta), ambas com 100%; a lagoa do Boqueirão (Touros), com 93,16%; e a lagoa de Extremoz, com 85,22%.
Por outro lado, 13 reservatórios estão em situação crítica, com volumes inferiores a 10% da capacidade total. Entre eles, destacam-se o Itans (Caicó), com apenas 0,10%, e a Passagem das Traíras (São José do Seridó), praticamente seca, com 0,03%.
O Igarn realiza o monitoramento periódico das reservas hídricas com o objetivo de subsidiar a gestão dos recursos hídricos, o planejamento das políticas públicas e o uso racional da água em todas as regiões do Rio Grande do Norte.