06 DEZ 2025 | ATUALIZADO 21:05
ESTADO
03/10/2025 15:07
Atualizado
03/10/2025 15:07

Cinco maiores produtores de mel no RN estão fora da “Rota do Mel” do Governo Federal

Os cinco municípios que mais produzem mel de abelha no Rio grande do Grande do Norte (Apodi, Serra do Mel, Macaíba, São Miguel e Caraúbas) estão fora da “Rota do Mel” do Governo Federal. Único do RN a receber investimento em produção e comercialização do mel de abelha foi Jandaíra, na região de Mato Grande. “A Rota do Mel agrega valor ao nosso produto, fortalece a agricultura familiar e contribui para a polinização promovida pelas abelhas, essencial para diversas culturas agrícolas, diz o presidente da Coopemapi, Luciano Fernandes, de Minas Gerais.
Os cinco municípios que mais produzem mel de abelha no Rio grande do Grande do Norte (Apodi, Serra do Mel, Macaíba, São Miguel e Caraúbas) estão fora da “Rota do Mel” do Governo Federal. Único do RN a receber investimento em produção e comercialização do mel de abelha foi Jandaíra, na região de Mato Grande. “A Rota do Mel agrega valor ao nosso produto, fortalece a agricultura familiar e contribui para a polinização promovida pelas abelhas, essencial para diversas culturas agrícolas, diz o presidente da Coopemapi, Luciano Fernandes, de Minas Gerais.
Pixabay

Pequenas no tamanho, mas gigantes no impacto. Assim podem ser definidas as abelhas, essenciais para a polinização, a biodiversidade e o desenvolvimento regional do Brasil. Neste 3 de outubro, Dia Nacional da Abelha, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) reforça a importância da Rota do Mel, iniciativa que promove inclusão produtiva, geração de renda e conservação ambiental em diferentes regiões do País.

No Rio Grande do Norte, o município de Apodi, que desponta como o maior produtor de mel de abelha do Estado e um dos maiores do Brasil, não está na rota estruturada do mel, listado pelo Governo Federal. Aliás, os outros quatro municípios em produção de mel no RN (Macaíba, Serra do Mel, São Miguel e Caraúbas) também não estão na rota estruturada do mel.

Quem aparece entre os municípios produtores de mel do RN na lista do Governo Federal é Jandaíra, na região de Mato Grande. Isto significa que o município de Jandaíra recebeu os investimentos governamentais em quantidade e tamanho para estruturar a produção e comercialização do mel de abelha de ferrão e da abelha sem ferrão.

Em todo o Rio Grande do Norte, o IBGE apontou crescimento de 30,91% na produção de mel em 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior e Jandaíra não aparece entre os que mais produzem mel, num indicativo claro da necessidade de se ter mais atenção por parte das autoridades para com os apicultores de Apodi, Macaíba, Serra do Mel, São Miguel e Caraúbas.

Rotas de Integração Nacional

Atualmente, a estratégia das Rotas de Integração Nacional contempla 13 cadeias produtivas, entre elas: Açaí, Cacau, Leite, Pescado, Moda, Fruticultura, Economia Circular, Avicultura Caipira, Biodiversidade e Mandioca. Todas têm como foco a geração de emprego, renda e redução das desigualdades regionais, articulando políticas públicas com investimentos privados em territórios estratégicos.

Polos da Rota do Mel

Entre os polos estruturados, destacam-se:

Polo Apícola do Norte de Minas (MG)

Polo do Mel de Jandaíra (RN)

Polo do Mel do Pampa Gaúcho (RS)

Polo do Mel dos Campos de Cima da Serra (RS)

Polo dos Sertões de Crateús e Inhamuns (CE)

Polo do Mel do Semiárido Piauiense (PI)

Polo do Mel do Semiárido Baiano (BA)

Polo do Mel do Sudeste do Pará (PA)

Polo do Mel do Caparaó e Sul Capixaba (ES)

Impacto social e inovação

Segundo dados do IBGE, a apicultura e a meliponicultura no Brasil geram mais de 350 mil empregos diretos e indiretos. Com apoio técnico e organizacional promovido pelo MIDR, os produtores conseguem ampliar a produtividade, acessar novos mercados e até exportar seus produtos.

O presidente da Coopemapi, Luciano Fernandes, um dos beneficiados pela Rota do Mel, que, somente em 2025, exportou mais de 40 toneladas de mel para a Europa, destaca a importância da iniciativa.

“A Rota do Mel agrega valor ao nosso produto, fortalece a agricultura familiar e contribui para a polinização promovida pelas abelhas, essencial para diversas culturas agrícolas. Com organização e apoio técnico, mostramos o quanto esse setor pode crescer e gerar benefícios para todo o país”, afirma.

Investimentos e resultados

Desde 2019, o MIDR já investiu mais de R$ 13,7 milhões na estruturação da cadeia da apicultura (abelhas apis mellifera) e da meliponicultura (abelhas nativas sem ferrão). Foram beneficiados mais de 2,3 mil produtores, responsáveis por cerca de 24,1 mil toneladas anuais de mel e derivados, como própolis, pólen, cera de abelha e geleia real.

Atualmente, a Rota do Mel está presente em 13 estados brasileiros, com 14 polos estruturados e atuação em 370 municípios, fortalecendo a agricultura familiar e ajudando no combate à pobreza rural.

A Rota do Mel integra o programa das Rotas de Integração Nacional, que reúne cadeias produtivas estratégicas da economia regional. Criada em 2014, a Rota tem como prioridade regiões de baixa renda, com forte presença da agricultura familiar, especialmente no semiárido nordestino.

Segundo o diretor do Departamento de Projetos e Sistemas Produtivos Regionais e Territoriais, Edgar Caetano, a iniciativa tem o objetivo de estruturar o setor da apicultura e da meliponicultura em diversas regiões do Brasil.

“O apoio do Governo Federal se dá a partir de diferentes frentes de atuação, como a aquisição de equipamentos para beneficiamento e fracionamento do mel, implantação de unidades de beneficiamento, melhoramento genético, novas tecnologias e uso da inteligência artificial associada à cadeia”.

Cadeia sustentável e estratégica

Além da geração de emprego e renda, a apicultura desempenha papel estratégico para o meio ambiente. As abelhas são bioindicadoras da qualidade ambiental e fundamentais para a polinização, contribuindo para o aumento da produtividade em culturas como café, soja, frutas e hortaliças.

De acordo com o secretário Nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR, Daniel Fortunato, a importância da atividade vai além dos resultados econômicos. “A apicultura e a meliponicultura representam um caminho sustentável de inclusão produtiva, pois valorizam saberes locais, fortalecem a agricultura familiar e contribuem para a preservação ambiental”, afirma.


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