06 DEZ 2025 | ATUALIZADO 13:50
ESTADO
29/08/2025 18:03
Atualizado
29/08/2025 18:03

Justiça do RN dá 15 dias para Governo resolver desabastecimento em hospitais

A Justiça do Rio Grande do Norte (RN) acatou um pedido do Ministério Público (MPRN) e determinou que o Governo do estado apresente, em 15 dias, um plano para resolver o desabastecimento da rede hospitalar. A decisão judicial suspende pagamentos de despesas não essenciais e prevê multa para autoridades do estado caso o prazo não seja cumprido. Essa medida é resultado de uma ação de 2012 que já condenava o estado a garantir o abastecimento contínuo de medicamentos e insumos.

A Justiça Estadual acatou um pedido do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e determinou que o Governo do RN apresente, em 15 dias, um plano para solucionar o desabastecimento da rede hospitalar do estado.

A decisão, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Natal, impõe a suspensão de pagamentos de despesas não essenciais e multa pessoal a autoridades estaduais caso o prazo não seja cumprido.

O cumprimento de sentença é resultado de uma ação civil pública de 2012, que condenou o Estado a garantir o abastecimento contínuo de medicamentos e insumos essenciais. Segundo o MPRN, a situação se agravou nos últimos anos, com dados que apontam reduções orçamentárias e falta de itens básicos.

Entre os dados apresentados pelo MPRN, estão a redução de 26,63% nos empenhos, o que representa um déficit de R$ 395.469.361,77, e de 67,90% nas despesas liquidadas, com um déficit de R$ 943.616.744,66. Neste cenário, o Rio Grande do Norte ocupa a penúltima posição nacional em gastos próprios com a saúde.

Medidas que devem ser apresentadas

A decisão judicial lista uma série de informações que o Estado deve apresentar, como um organograma de decisões para as questões emergenciais de abastecimento, um relatório detalhado do cumprimento de medidas judiciais anteriores e um cronograma para a regularização dos problemas. O Estado também deverá informar o percentual de abastecimento de cada hospital, a relação de medicamentos e insumos em falta, o valor necessário para regularização imediata dos estoques e as medidas concretas que serão implementadas nos próximos 90 dias.

A magistrada ressaltou que o Estado se manteve omisso, não apresentando informações sobre as providências adotadas para cumprir as ordens judiciais. A juíza também destacou que uma audiência de conciliação somente será marcada se as informações forem apresentadas integralmente e houver interesse efetivo do Poder Público Estadual em resolver a situação.

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