13 DEZ 2025 | ATUALIZADO 12:29
POLÍCIA
12/08/2025 16:55
Atualizado
12/08/2025 16:59

Pedreiro absolvido de tentativa de feminicídio depois de 10 meses na prisão

O pensionista Ismael Alves Bezerra, de 65 anos, foi levado a Júri Popular nesta terça-feira, dia 12 de agosto de 2025, por um crime que não cometeu - tentativa de feminicídio - e, devido a este erro na denúncia do Ministério Público Estadual, ficou impune do crime que praticou – tentativa de homicídio. É o que afirma o promotor de Justiça Italo Moreira Martins.
O pensionista Ismael Alves Bezerra, de 65 anos, foi levado a Júri Popular nesta terça-feira, dia 12 de agosto de 2025, por um crime que não cometeu - tentativa de feminicídio - e, devido a este erro na denúncia do Ministério Público Estadual, ficou impune do crime que praticou – tentativa de homicídio. É o que afirma o promotor de Justiça Italo Moreira Martins.
Foto: Pedro Cézar

O pensionista Ismael Alves Bezerra, de 65 anos, foi levado a Júri Popular nesta terça-feira, dia 12 de agosto de 2025, por um crime que não cometeu (tentativa de feminicídio) e, devido a este erro na denúncia do Ministério Público Estadual, ficou impune do crime que praticou (tentativa de homicídio). É o que afirma o promotor de Justiça Italo Moreira Martins.

No entanto, Ismael Alves (trabalhou de pedreiros por décadas), apesar de ter se livrado da acusação de tentativa de homicídio, terminou pagando caro, pois ficou 10 meses preso aguardando julgamento pelo crime que não cometeu. Neste período, perdeu a pensão que recebia do INSS, contraiu tuberculose na prisão e a mulher foi viver com o amante.

Natural de Angicos, Ismael Alves conta que casou com Ana Lucia, com quem teve duas filhas. Moravam no bairro Sumaré, em Mossoró. No dia 25 de outubro de 2024, ele conta que foi ao Hospital Regional Rafael Fernandes, pegar medicamentos para se tratar de uma enfermidade. Ao chegar em casa, não encontrou a esposa. Saiu pedalando pelo bairro, procurando-a.

A encontrou na casa do amante, Francisco Nilson, com quem iniciou um bate-boca, com ameaças dos dois lados. Ismael Alves conta que foi em casa, pegou um facão e voltou para tirar satisfação com Francisco Nilson. Conta que o encontrou já com um cabo de chibanca, pronto para ataca-lo. Conta que levantou o facão para se defender da paulada e o facão deslizou na madeira e cortou os dedos de Francisco Nilson. Após isto, os dois pararam.

Ismael conta que voltou para casa, onde foi preso pela Polícia Militar. Já Francisco Nilson, consta no processo que ele foi levado para receber cuidados médicos no Hospital Regional Tarcísio Maia. Ismael Alves terminou sendo autuado em flagrante por tentativa de homicídio e o caso foi levado ao Poder Judiciário. Segundo o promotor de Justiça Italo Moreira Martins, num primeiro momento, o MPRN o denunciou por tentativa de homicídio.

Entretanto, antes de leva-lo a Juri popular houve um aditamento na denuncia de forma equivocada, de moto que Ismael Alves passou a responder por tentativa de feminicídio e Francisco Nilson deixou de ser vítima e passou a ser testemunha do processo.

Ao analisar as provas nesta terça-feira, 12 de agosto de 2025, o promotor de Justiça Italo Moreira Martins percebeu o equívoco e pediu a absolvição do réu do crime de tentativa de homicídio. Neste caso, segundo promotor, não é possível denunciar o réu pelo crime real que ele cometeu, que seria de tentativa de homicídio contra Francisco Nilson.

O advogado de defesa Hiago Carvalho lembra que tentou por diversas vezes conseguir habeas corpus para Ismael Alves responder pelo crime em liberdade, porém os pedidos foram negados pela Justiça, devido a acusação ser exatamente tentativa de feminicídio e não tentativa de homicídio. Acrescentou que, sendo do interesse do réu, vai orienta-lo a processar o Estado.

O júri

O julgamento começou por volta das 9h da manhã desta terça-feira, 12, e terminou por volta do meio dia, com a absolvição do réu Ismael Alves, que teve que voltar ao presídio, para pegar suas coisas para, só então, poder se tratar das enfermidades que sofre em liberdade.


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