A América Latina é o assunto do momento no setor tecnológico. Com um mercado em expansão, a região se tornou referência para quem busca inovação e crescimento. Startups, fintechs e plataformas digitais surgem aos montes. E o interesse dos investidores acompanha esse movimento, com aportes internacionais e empresas de tecnologia.
O setor de entretenimento online, por exemplo, mostra como o digital está em alta — basta observar a chegada de novos sites de slots em 2025 listados no Casinos.com, que fazem muito sucesso na região. E todos esses fatores revelam uma virada importante: a América Latina deixou de ser apenas uma consumidora de tecnologia para se tornar também uma criadora de soluções.
Há pelo menos três fatores que ajudam a entender o crescimento da América Latina no setor de tecnologia:
Com uma média de idade mais baixa do que a de países desenvolvidos, grande parte da população latino-americana cresceu em um ambiente digital. O acesso ampliado à internet e aos smartphones faz com que milhões de pessoas estejam online diariamente, consumindo, criando e interagindo com tecnologia.
Esse perfil facilita a adoção de novas soluções digitais e favorece modelos de negócio baseados em mobilidade, agilidade e acesso simples — o que abre espaço para empresas que apostam em plataformas intuitivas e de rápida expansão.
As fintechs e startups têm papel central na transformação digital da América Latina. Em países como Brasil, México e Colômbia, surgem diariamente soluções criadas para resolver desafios locais — do sistema bancário à mobilidade urbana.
Com modelos enxutos, propostas inovadoras e grande capacidade de adaptação, essas empresas conseguem crescer rápido e se destacar não só dentro da região, mas também no cenário global.
Com o ecossistema mais maduro e resultados surgindo, investidores passaram a enxergar a América Latina como uma das regiões mais importantes para aportes em tecnologia. Fundos como SoftBank e Tiger Global já movimentaram bilhões de reais por aqui, apostando em ideias que unem demanda crescente, talento local e alto potencial de escala.
Algumas empresas de tecnologia já se tornaram referência na América Latina e viraram exemplos de sucesso, escalabilidade e inovação. Elas ajudam a explicar não só o interesse dos investidores na região, mas também o potencial de transformação que a tecnologia tem por aqui.
Quando foi lançado, em 2013, o Nubank surgia apenas com a ideia de um cartão de crédito digital e sem tarifas. Mas rapidamente caiu no gosto dos brasileiros. Em 2024, o Nubank se tornou o banco mais valioso da América Latina e segue expandindo os seus negócios na região. Hoje, é uma referência de fintech no mundo.
Fundado na Argentina, o Mercado Livre se transformou em uma das maiores empresas do comércio eletrônico e da logística digital no mundo. A empresa entendeu as necessidades do público latino-americano e construiu um ecossistema funcional de vendas, entregas e pagamentos.
No Brasil, o Mercado Livre lidera com folga o setor de e-commerce e é hoje a empresa mais valiosa da América Latina, com um valor de mercado estimado em R$90 bilhões.
A Rappi surgiu na Colômbia com a proposta de entregar qualquer coisa, de comida a dinheiro em espécie. E em poucos anos, a marca conquistou os principais mercados da América Latina com sua abordagem focada na conveniência dos clientes. Hoje, é considerada uma das startups mais influentes do continente, com operações em mais de nove países.
Foto: Christina @ wocintechchat.com (@wocintechchat)
Embora o crescimento da tecnologia na América Latina seja animador, o caminho está longe de ser simples. A região ainda enfrenta obstáculos que países do hemisfério norte muitas vezes não precisam lidar — e isso impacta diretamente o ritmo e a escala do desenvolvimento.
Por isso, quem investe ou empreende no setor tecnológico latino-americano geralmente considera fatores que vão além da inovação e do capital disponível:
A essa altura, já não é possível ignorar a presença da América Latina na rota global da inovação. Casos como Nubank, Mercado Livre e Rappi mostram que a região tem um ecossistema com enorme capacidade de gerar negócios escaláveis.
Ao mesmo tempo, instabilidades econômicas, burocracias e desigualdades estruturais seguem como entraves que exigem planejamento e adaptação. Esses desafios não diminuem a importância da América Latina no setor — apenas reforçam a necessidade de conhecê-la para aproveitar seu potencial no setor tecnológico.