Nesta segunda-feira (26), o Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou uma Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas. A campanha ocorrerá em três etapas e vai usar técnicas de identificação genética e papiloscópicas.
Na primeira fase, até sexta-feira (30), serão coletadas amostras de DNA de familiares de desaparecidos por meio da saliva. É preciso apresentar o boletim de ocorrência do desaparecimento para realizar o procedimento.
A unidade do Itep em Mossoró é um dos pontos de coleta desse material. Após passarem Pessoas que possuam familiares desaparecidos podem comparecer à sede do órgão, em horário comercial, para fazer o recolhimento do material.
O perito Jader Viana conversou com a reportagem do MOSSORÓ HOJE e falou sobre o trabalho do Itep nesta primeira fase da mobilização e como as pessoas devem proceder.
REDE
Na segunda etapa, o foco estará no recolhimento de impressões digitais e de material genético de pessoas vivas com identidade desconhecida. Por fim, será coordenada a pesquisa de impressões digitais de corpos não identificados armazenadas em cada unidade federativa.
Nessa etapa, conhecida como análise do passivo (backlog), os dados são comparados com os registros existentes nos bancos de biometrias. Essas informações farão parte da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) — alimentado pelas secretarias estaduais de Segurança em parceria com a Polícia Federal.
CRUZAMENTOS
As amostras genéticas de pessoas vivas e falecidas com identidade desconhecida analisadas pelos laboratórios da RIBPG são enviadas rotineiramente ao Banco Nacional de Perfis Genéticos, onde são feitos os cruzamentos de dados em nível nacional com perfis coletados pelos 23 laboratórios de genética forense que compõem a rede.
A identificação genética desempenha papel crucial na Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, instituída pela Lei nº 13.812/2019.