Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) entraram em greve, por tempo indeterminado, na manhã desta segunda-feira (22). A paralisação foi aprovada na semana passada, durante plebiscito realizado pelo sindicato.
Entre as principais reivindicações da categoria estão a reformulação da carreira e o reajuste salarial de 2024.
Na sexta-feira (19), o Governo Federal apresentou uma proposta de reajuste para os docentes de 9% em 2025 e 3,5% em 2026, e alteração dos steps nas classes C/DIII e D/DIV de 4% para 4,5% em janeiro de 2025.
Por falta de espaço orçamentário, para 2024, não está previsto reajuste salarial. Porém, o Governo ainda negocia com os servidores uma proposta de reajuste nos valores dos benefícios (auxílio-alimentação, per capita da saúde complementar e assistência pré-escolar).
A proposta deverá ser discutida em assembleia-geral, marcada para a próxima quarta-feira (24). Atualmente, a UFRN conta com cerca de 2,5 mil docentes.
Por meio de nota, a UFRN informou que o reitor, José Daniel Diniz Melo, reuniu-se com gestores e diretores para discutir a continuidade das atividades acadêmicas e administrativas durante a greve dos servidores técnico-administrativos, que estão paralisados desde o dia 14 de abril, e docentes.
“Possíveis alterações no calendário acadêmico serão realizadas apenas após a finalização da greve. Nesse sentido, as atividades administrativas e acadêmicas permanecem, respeitando a decisão individual de adesão à greve”, disse.
Além disso, a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas criou uma Comissão Interna de Mediação Organizacional para manter um diálogo constante e construtivo durante esse período.