05 DEZ 2025 | ATUALIZADO 23:37
EDUCAÇÃO
03/12/2025 15:14
Atualizado
03/12/2025 18:41

Apenas 38,3% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas em creches no RN

De acordo com a Síntese dos Indicadores Sociais 2025, divulgada pela Superintendência Estadual do IBGE, o Rio Grande do Norte avançou na educação, com frequência escolar quase universal entre 4 e 17 anos e redução do analfabetismo para 10,5%. Porém, permanece o grande desafio na oferta de creches, com apenas 38,3% das crianças de 0 a 3 anos matriculadas. Houve aumento do nível de escolaridade da população e crescimento da rede pública, mas o ensino superior segue majoritariamente privado.
De acordo com a Síntese dos Indicadores Sociais 2025, divulgada pela Superintendência Estadual do IBGE, o Rio Grande do Norte avançou na educação, com frequência escolar quase universal entre 4 e 17 anos e redução do analfabetismo para 10,5%. Porém, permanece o grande desafio na oferta de creches, com apenas 38,3% das crianças de 0 a 3 anos matriculadas. Houve aumento do nível de escolaridade da população e crescimento da rede pública, mas o ensino superior segue majoritariamente privado.

A educação no Rio Grande do Norte apresentou avanços significativos nos últimos anos, especialmente no acesso e permanência escolar, mas ainda enfrenta desafios importantes em faixas específicas da população.

É o que revela a Síntese dos Indicadores Sociais 2025, divulgada pela Superintendência Estadual do IBGE no estado, com base em dados da PNAD Contínua e do Censo Escolar .

Os dados mostram que o estado caminha para a universalização do ensino na idade obrigatória. Entre 4 e 17 anos, a taxa de frequência ultrapassa 94%, atingindo 99,8% no grupo de 6 a 10 anos e 99,1% entre 11 e 14 anos .

No entanto, a educação infantil ainda é o maior desafio. Apenas 38,3% das crianças de 0 a 3 anos frequentam creches no RN, índice considerado insuficiente para atender a demanda, apesar de avanços recentes .

A situação é semelhante em Natal, onde a taxa é ainda mais baixa (36,4%). Já na pré-escola, a capital registra 90,4% de frequência, abaixo do ideal previsto pelo Plano Nacional de Educação .

Outro ponto destacado pelo levantamento é o fortalecimento da rede pública em praticamente todas as etapas, com exceção do ensino superior, onde a iniciativa privada ainda concentra a maior parte das matrículas. No ensino médio, por exemplo, a rede pública passou de 84,9% das matrículas para 86,7% entre 2016 e 2024 .

Em Natal, o movimento é semelhante na educação básica, mas com inversão importante na creche: a participação pública saltou de 42,3% para 60,4% em oito anos, superando a rede privada .

Os resultados também mostram que a população potiguar adulta tem alcançado maior nível de instrução. O número de pessoas sem escolaridade caiu de 10,6% para 8,9%. Já o percentual com ensino superior completo subiu de 11,9% para 17,2% .

Entre os jovens de 18 a 29 anos, o tempo médio de estudo passou de 10,7 para 11,3 anos, e a proporção dos que concluíram ao menos o ensino médio cresceu para 65,3% .

Taxa de analfabetismo despenca

Outro dado positivo está na redução histórica do analfabetismo. Em 2024, 10,5% da população com 15 anos ou mais no RN ainda não sabe ler ou escrever, contra 13,9% em 2016. Em Natal, esse índice caiu de 4,8% para apenas 2,6% no período analisado .

A taxa de conclusão escolar nas três etapas da educação básica também apresentou crescimento. Nos anos finais do ensino fundamental, o salto foi de 75,7% para 88,1%. Já no ensino médio, a taxa passou de 59,3% para 63,3% .

As mulheres mantêm desempenho superior em todas as faixas avaliadas.

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário