29 ABR 2024 | ATUALIZADO 08:33
EDUCAÇÃO
31/10/2023 10:13
Atualizado
31/10/2023 10:13

Pela primeira vez, Enem terá provas com imagens coloridas para aumentar acessibilidade

A iniciativa tem o objetivo de elevar o nível de inclusão e acessibilidade, além de proporcionar uma inovação do ponto de vista pedagógico. Em eventos e reuniões técnicas promovidos pelo Inep para discutir acessibilidade, pessoas com baixa visão falaram sobre o avanço que seria ter itens coloridos. “A prova colorida pode aprimorar a compreensão e leitura para pessoas com deficiência visual ou baixa visão de diversas maneiras. Em primeiro lugar, o uso de cores diferentes pode tornar informações importantes mais distinguíveis”, explicou a coordenadora-geral de Exames e Instrumentos do Inep, Fernanda Cristina dos Santos Campos.
Pela primeira vez, Enem terá provas com imagens coloridas para aumentar acessibilidade. A iniciativa tem o objetivo de elevar o nível de inclusão e acessibilidade, além de proporcionar uma inovação do ponto de vista pedagógico. Em eventos e reuniões técnicas promovidos pelo Inep para discutir acessibilidade, pessoas com baixa visão falaram sobre o avanço que seria ter itens coloridos. “A prova colorida pode aprimorar a compreensão e leitura para pessoas com deficiência visual ou baixa visão de diversas maneiras. Em primeiro lugar, o uso de cores diferentes pode tornar informações importantes mais distinguíveis”, explicou a coordenadora-geral de Exames e Instrumentos do Inep, Fernanda Cristina dos Santos Campos.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá provas coloridas pela primeira vez em seus 25 anos de história. A iniciativa tem o objetivo de elevar o nível de inclusão e acessibilidade, além de proporcionar uma inovação do ponto de vista pedagógico.

Com isso, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aprimora o modelo do exame e contempla uma demanda que surgiu dos próprios participantes.

Em eventos e reuniões técnicas promovidos pelo Inep para discutir acessibilidade, pessoas com baixa visão falaram sobre o avanço que seria ter itens coloridos.

“A prova colorida pode aprimorar a compreensão e leitura para pessoas com deficiência visual ou baixa visão de diversas maneiras. Em primeiro lugar, o uso de cores diferentes pode tornar informações importantes mais distinguíveis”, explicou a coordenadora-geral de Exames e Instrumentos do Instituto, Fernanda Cristina dos Santos Campos.

“Além disso, o contraste entre as cores pode facilitar a identificação de texto em relação ao fundo, melhorando a legibilidade”, complementou. “Somadas ao tamanho da fonte, as cores, como recurso de acessibilidade, garantem que a informação seja realmente acessível a todos”, afirmou Fernanda.

O Inep conta com a Comissão de Assessoramento Técnico-Pedagógico em Adaptação no aprimoramento dos exames e avaliações aplicados pelo Instituto, no que diz respeito à acessibilidade.

DALTONISMO

As provas terão adaptações para pessoas com daltonismo (distúrbio da visão que interfere na percepção das cores). Pedagogicamente, os itens não exigirão que daltônicos reconheçam determinadas cores. Ou seja, a probabilidade de acertar ou errar não terá qualquer relação com o fato de as provas serem coloridas.

De acordo com Fernanda Campos, “a prova pode ser de grande ajuda, pois oferece uma maneira alternativa de distinguir informações por meio de tons e contrastes”. “Para os daltônicos, certas cores podem ser difíceis de diferenciar, mas ao usar uma variedade de cores e tons, torna-se mais fácil para eles identificar elementos visuais com base na diferença de luminosidade e saturação”, analisou.

Arthur Tomaz, 17 anos, tem um grau leve de daltonismo. Para ele, esse formato do Enem tende a ajudar, no que diz respeito à visualização.

“Em provas que fiz na escola, eu tinha um problema para entender algumas coisas. O preto se misturava com o cinza, um pouco com branco e ficava difícil”, contou.

A expectativa do estudante, que realizará o Enem em Brasília (DF), é de que as mudanças também tornem o exame mais dinâmico e minimizem a monotonia do preto e branco.

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O Inep estima que o ganho pedagógico atinja diversos públicos e agregue tanto a pessoas com deficiência quanto a outros perfis de participantes. Kaíque Moraes Lopes, 18 anos, acredita que a mudança vai auxiliar na hora de compreender e responder aos itens.

“Se for, por exemplo, uma questão que envolva artes, vai ajudar porque, às vezes, temos a memória da obra, da textura, da técnica, e a cor é um elemento a mais”, disse o estudante, que também realizará o exame na capital federal.

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