A saída da Petrobras do Rio Grande do Norte já é dada como certa, muito embora a petrolífera negue. O que era boato, virou certeza quando servidores da companhia começaram a transferir seus domicílios para outros estados, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.
O cenário, de profunda preocupação no Rio Grande do Norte, foi tema de debate durante a reunião dos governadores do Nordeste realizada em Natal, semana passada. Em Mossoró, a governadora Fátima Bezerra disse que a questão é muito grave e vai lutar para reverter.
O senador Jean Paul Prates informa que vai solicitar informações da Petrobras, nesta terça-feira, dia 1º de outubro, sobre o desinvestimento na região Nordeste, em especial no Rio Grande do Norte. A preocupação do senador não é com a venda de campos maduros.
“A entrada de outras empresas em campos marginais, implica necessariamente a saída da Petrobras dos principais campos do RN, dos ativos, da própria refinaria Clara Camarão de Guamaré, dos campos Marítimos...”, explica o senador.
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O que preocupa a classe política e agora ao setor empresarial é a saída da Petrobras dos principais campos, da refinaria em Guamaré e dos campos recém descobertos, com o Pitu, que tem uma grande perspectiva de produção de óleo bruto.
“Nós vamos brigar pela Petrobras estatal, presente nas regiões, com diversidade de ambientes de operações, como ela tem hoje, na selva, na caatinga, no mar do nordeste...”, diz o senador.
A presença da Petrobras na região Nordeste, em especial no Rio Grande do Norte, tem grande importância econômica, social e cultural. Sair bruscamente, como está acontecendo, segundo o senador Jean Paul Prates, causaria sérios danos econômicos e sociais.
“Vou enviar ofício à presidência da Petrobras (Castelo Branco) nesta terça-feira, perguntando e pedindo para esclarecer se esta é realmente a intenção da empresa”, diz Prates, que é especialista em Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
“Diante disto, havendo esta intenção de fato, como é que explica o fato dele (o presidente da Petrobras) ter dito a governadora no início do ano que ia incrementar investimentos no Rio Grande do Norte, mesmo sendo de custeio?”, adianta o senador.
Para tornar a questão mais clara, o senador potiguar vai pleitear junto à presidência da companhia, no Rio de Janeiro, uma reunião com a presença da governadora Fátima Bezerra, para explicar como vai se dar esta saída. “É preciso clareza”, finaliza o senador.