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MUNDO
DA AGENCIA BRASIL
15/09/2019 09:41
Atualizado
15/09/2019 09:48

Drones destroem metade da capacidade de produção de petróleo na Arábia

Em uma declaração emitida pela agência de notícias estatal, o príncipe e ministro Abdulaziz bin Salman revelou que os ataques reduziram a produção diária em cerca de 5,7 milhões de barris. A quantidade corresponde a cerca de 5% da oferta global.
Os ataques por drones antes do amanhecer de sábado resultaram em explosões e incêndios em instalações da petroleira Saudi Aramco em Abqaiq e Khurais.
Reprodução O Globo

O ministro da Energia da Arábia Saudita confirmou que os ataques por drones no sábado (14) contra instalações petroleiras atingiram cerca de metade da produção do país.

Em uma declaração emitida pela agência de notícias estatal, o príncipe e ministro Abdulaziz bin Salman revelou que os ataques reduziram a produção diária em cerca de 5,7 milhões de barris. A quantidade corresponde a cerca de 5% da oferta global. 

O ministro Abdulaziz bin Salman condenou os ataques afirmando que eles tiveram como alvo a oferta e segurança global de petróleo, não apenas a Arábia Saudita. 

Representantes sauditas afirmam que vão adotar medidas para compensar qualquer risco de interrupção no mercado global de petróleo. Acrescentaram que vão consertar as instalações rapidamente e usar reservas de petróleo bruto para substituir as perdas. 

Os ataques por drones antes do amanhecer de sábado resultaram em explosões e incêndios em instalações da petroleira Saudi Aramco em Abqaiq e Khurais. Oficiais sauditas afirmam que o fogo já está sob controle, mas que o processamento foi paralisado. Abqaiq hospeda a maior unidade de processamento de petróleo do mundo. 

Insurgentes Houthis no Iêmen apoiados pelo Irã afirmaram em uma declaração terem realizado os ataques. Mas o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, culpou Teerã e tuitou que "não há evidência de que os ataques tenham vindo do Iêmen".


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Duas grandes refinarias da empresa petrolífera saudita Aramco foram atacadas e incendiadas por drones. O ministro saudita do Interior informou que o fogo foi controlado. O ataque foi reivindicado pelos rebeldes houthis que combatem a intervenção saudita no vizinho Iêmen.

Segundo um porta-voz do ministério citado pela televisão Al Jazeera, as equipes de segurança da Aramco começaram a combater o fogo nas instalações de Abqaiq e Khurais". Vídeos mostravam colunas de fogo sobre a refinaria de Abqaiq e o que parecia ser um tiroteio ouvido ao fundo. 

A Aramco diz que tem, com a refinaria de Abqaiq, "a maior instalação do mundo para estabilização de petróleo bruto", que pode processar até 7 milhões de barris por dia. Em 2006, a Al Qaeda tentou, sem êxito, atacar a refinaria. 

O ataque da madrugada não teve efeitos visíveis sobre as cotações de petróleo, provavelmente pelo fato de as principais bolsas estarem fechadas. 

A Aramco suspendeu o funcionamento do oleoduto leste-oeste, alegando motivos de segurança. 

Vários ataques anteriores com drones foram feitos por rebeldes houthis, que tentam acabar com a intervenção saudita no Iêmen. No mês passado, os houthis conseguiram incendiar uma instalação industrial da Aramco para liquefação de gás natural, em Shaybah. O incêndio causou grandes danos materiais, mas nenhuma vítima. 

O ataque foi reivindicado pelos rebeldes houthis, que alegaram retaliação contra a intervenção militar saudita no Iêmen. 

Uma análise publicada no diário conservador israelita Jerusalem Post cita aspectos fundamentais que fazem dos ataques "uma escalada de grande dimensão" no confronto regional. Um deles é a capacidade crescente dos rebeldes houthis para utilizar a sofisticada e dinâmica tecnologia dos drones iranianos. A operação de agosto último envolveu dez aparelhos para incendiar a instalação de Shaybah. Agora, a operação foi executada por drones de longo alcance. 

Os ataques voltaram a mostrar a ineficácia do sistema de defesas antiaéreo da Arábia Saudita, especialmente contra os drones de longo alcance. 

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