Ao invés de militarizar escolas públicas, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) defendeu a ampliação da rede de institutos federais, como alternativa para melhorar a educação brasileira. Ele levou o assunto ao Plenário do Senado após cumprimentar o Rio Grande do Norte por ter sido o estado que mais conquistou medalhas na 11ª edição da “Olimpíada Nacional em História do Brasil”, cuja fase final foi realizada no final de semana passado, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Depois de seis etapas online – com 73 mil concorrentes – 1.200 alunos participaram da fase final, representando 314 equipes de todos os estados brasileiros. Estiveram em disputa 75 medalhas; sendo 15 de ouro, 25 de prata e 35 e bronze.
O RN foi contemplado com 20 medalhas: quatro de ouro, sete de prata e nove de bronze. Do total conquistado pela delegação potiguar, 19 foram conferidas a estudantes dos campi do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).
A outra foi conferida a estudante do Colégio Diocesano Santa Luzia, de Mossoró.
Jean Paul destacou que a conquista do IFRN reforça as estatísticas de anos anteriores, que já demonstram que, além de mais baratos, os institutos federais apresentam resultados melhores que as instituições de ensino militares. “Ao invés de mais escolas militares, o Brasil precisa restituir ao ensino federal as condições econômicas de funcionar e ampliar sua rede”, cobrou.
O representante potiguar criticou que, além de o orçamento dos IFs para 2019 ser igual ao de 2016, ele foi desfigurado pelos cortes do governo Bolsonaro.
“Defendo mais institutos federais não apenas por eles serem melhores e mais econômicos, mas também por entender que escola não é lugar de repressão, mas de transmissão de conhecimentos e valores e de abertura de horizontes”, justificou.
O senador acrescentou que o ambiente escolar deve ser um local de debates, de confronto de ideias, e que os alunos devem se sentir acolhidos e incluídos, ao invés de intimidados.
“Investir nos institutos federais é apostar na pesquisa e na geração de conhecimentos, é interiorizar para levar a formação além das capitais e entender que a educação profissional e tecnológica é essencial para o desenvolvimento do Brasil”.