O mês de maio de 2018 foi o que mais aconteceu nascimentos de bebês no Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC), em Mossoró/RN, a exemplo do que já havia ocorrido em 2017 e 2016. As estatísticas dos primeiros 5 meses de 2019 apontam na mesma direção.
Ao todo, o HMAC realizou 2.990 partos nos primeiros cinco meses de 2019, sendo que 1.362 partos de Mossoró/RN e 1.609 das demais cidades do Oeste do Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. Neste mesmo período em 2018 foram 2.813 partos. O ano todo foram 6.819 partos.
O primeiro bebê que nasceu em 2019 em Mossoró foi Tiago Rafael da Silva Santos, da zona rural do município de Governador Dix Sept Rosado. Nasceu de parto normal de 0h34 do dia 1º de janeiro. É o segundo filho do casal Jackcionara da Silva Santos e Tallison Rafael da Silva.
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Primeiro bebê de 2019 em Mossoró é de Governador Dix Sept Rosado
Dos 2.990 partos realizados este ano, 258 nasceram prematuros e 166 com baixo peso. Para atender estas ocorrências, o HAMC tem instalado 17 leitos de UTI neonatal, 13 leitos de Berçário e 18 de canguru. A taxa de ocupação destes três setores fica sempre na casa de 95%.
Um dado preocupante é o número de partos cesáreos (2.251) em relação ao número de partos normais (729). Este índice se dá em função de questões culturais e principalmente em decorrência da falta de orientação adequada durante o pré-natal, entre outros fatores.
Com relação aos casos de microcefalia, ocorreram duas notificações e um caso confirmado nos primeiros cinco meses de 2019. Com alteração no coração, nasceram 16 bebês. Alguns destes casos foram enviados para receber o atendimento adequado em Natal.
Entre os 7.695 atendimentos realizados pelas equipes de acolhimento no HMAC, pelo menos 67 pacientes estavam infectadas com a bactéria Treponema Pallidum (Sífilis), o que demonstra a necessidade de melhorar a atenção básica nos municípios de origem das pacientes.
O HMAC também recebe e interna mulheres com gravidez de alto risco de toda a região Oeste do RN. Nestes primeiros cinco meses de 2019 foram internadas 336 mulheres no setor de Gestão de Alto Risco. Infecção urinária é o caso mais comum entre estas mulheres.
O Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HMAC, que faz o levantamento estatístico da maternidade, informa que os números dos primeiros cinco meses de 2019 não diferem muito em relação aos dados do mesmo período de 2018.
O HMAC
O HMAC é o único hospital maternidade na região Oeste do Rio Grande do Norte com estrutura adequada para realizar partos de alto risco.
Atualmente são cerca de 180 leitos instalados, sendo que 50 de unidade de terapia intensiva neonatal de alto, médio e baixo risco.
Existe também 8 leitos de UTI adulto que são usados como suporte para garantir o socorro imediato as pacientes com partos de alto risco no Centro Obstétrico.
O HMAC está em processo de reestruturação através de uma junta interventiva da Justiça Federal, que tem a frente o juiz federal Orlan Donato Rocha.
O decreto de intervenção judicial se deu em função de atrasos nos pagamentos e desvios de recursos públicos, entre outros problemas, em outubro de 2014.
Este trabalho de intervenção judicial tem como finalidade de combater a corrupção, garantir a continuidade e ampliação dos serviços de obstetrícia na região Oeste do RN.
A interventora Larizza Queiroz, para enfrentar as questões trabalhistas e organizar as contas da instituição, conta com apoio jurídico do Escritório do advogado Gustavo Lins, que é especialista nesta área, e do Escritório de Contabilidade Acerte, de Erisberto Conrado.