28 ABR 2024 | ATUALIZADO 17:14
ECONOMIA
G1
28/03/2019 11:04
Atualizado
28/03/2019 11:05

Instabilidades no Governo geram alta do dólar que chega a R$ 4

Logo na abertura da sessão desta quinta-feira (28) o dólar chegou a R$ 4,0156. Os investidores continuam de olho nas tensões políticas entre Executivo e Legislativo, e nas negociações para a reforma da Previdência.
Na quarta-feira (27) o dólar fechou em forte alta subindo 2,27%, a R$ 3,9548. Foi o maior patamar de fechamento desde 1º de outubro.
FOTO: REUTERS/THOMAS WHITE

O dólar opera em alta nesta quinta-feira (28), chegando a alcançar R$ 4 no início da sessão. Os investidores continuam de olho nas tensões políticas entre Executivo e Legislativo, e nas negociações para a reforma da Previdência.

Às 10h41, a moeda norte-americana subia 0,21%, vendida a R$ 3,9627. Logo na abertura da sessão, chegou a R$ 4,0156, cotação máxima do dia até o momento.

O dólar fechou em forte alta na quarta-feira (27), subindo 2,27%, a R$ 3,9548. Foi o maior patamar de fechamento desde 1º de outubro, quando encerrou a sessão cotado a R$ 4,0174.

A tensão política que já se prolongava desde a semana passada se deteriorou de vez no fim da quarta-feira, depois que o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) voltaram a trocar farpas publicamente.

Em entrevista à "TV Bandeirantes" no fim da tarde, Bolsonaro disse que Maia estaria "abalado por motivos pessoais", em possível referência à prisão do ex-ministro Moreira Franco, padrasto de sua esposa, na semana passada.

Maia rebateu, afirmando que "abalados estão os brasileiros, que estão esperando desde 1º de janeiro que o governo comece a funcionar", acrescentando que o presidente está "brincando de presidir o Brasil".

"Estamos num cenário muito ruim de forma geral, o dólar chegando a R$ 4 indica que o mercado coloca em dúvida a possibilidade de uma reforma da Previdência dada essa crise política que foi instalada", afirmou à Reuters a estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte.

"O que vemos desde o meio da semana passada, e o que ficou escancarado nesses últimos dias, é que falta de fato ao governo a articulação política", ponderou a estrategista.

Na véspera, o mercado monitorou a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Guedes afirmou que a "bola" da reforma da Previdência "está com o Congresso".

Guedes disse que não tem apego ao cargo ao ser questionado se deixaria o posto caso a reforma da Previdência trouxesse uma economia menor do que a almejada.


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