A novela envolvendo o pagamento dos cachês dos artistas locais que se apresentaram no Mossoró Cidade Junina continua.
De um lado, a Prefeitura afirma que todos os que regularizaram a sua situação já receberam os pagamentos. De outro, os artistas justificam que o Município não informou com antecedência a necessidade da apresentação de tantos documentos. É o caso, por exemplo, do cantor Marcos Júnior, que fez um longo relato (confira
AQUI na íntegra) em suas redes sociais sobre o tema.
Marcos começa o texto fazendo a seguinte observação: “Lembrete pra mim mesmo: nunca mais tocar em nada que envolva a prefeitura. Engraçado que eu já tinha me prometido isso, porém esse ano fui convidado a me apresentar na Cidadela, diante de uma promessa de que o valor seria pago antes mesmo da apresentação, o que me deu uma grande garantia de que eu não iria passar pelo que passei em 2015 pra receber o cachê do mesmo projeto que toquei e a prefeitura nunca me pagou”, disse.
No decorrer do seu desabafo, Marcos detalha que entregou os documentos inicialmente solicitados com bastante antecedência. “Poucos dias depois surgiram mais documentos que eu ‘supostamente’ havia esquecido de levar, mas na verdade não haviam sido solicitados. Levei e acreditei na informação da funcionária da secretaria de cultura de que eu não precisava me preocupar, era só aguardar o pagamento que supostamente estaria sendo feito toda segunda”, destacou.
Após idas e vindas à Secretaria de Cultura, o cantor foi informado que precisava emitir uma nota fiscal pessoa física, no valor de quase R$ 300. Ele acrescenta que o pagamento dos músicos que tocaram com ele na Cidadela está atrasado devido à “desorganização de quem se compromete a organizar um projeto que deveria valorizar o artista da terra e só nos traz dor de cabeça e prejuízo”.
“Espero que um dia caiam na realidade de que os artistas que contratam pro palco principal e recebem seus cachês antecipados só estão aqui 1 vez por ano e só vem receber o dinheiro e volta. Quem tá aqui o ano todo dando a cara a bater pra movimentar o cenário artístico/musical da cidade são pessoas como eu. Sou eu que já fui vítima da falta de segurança da cidade por diversas vezes ao sair dos shows. Sou eu quem levo o nome de Mossoró pra outras cidades. Desejo, aos envolvidos no projeto, o dobro do prejuízo financeiro e mental que vocês me causaram”, conclui Marcos.