18 MAI 2024 | ATUALIZADO 08:43
POLÍCIA
Da redação
02/04/2017 05:13
Atualizado
14/12/2018 05:04

Mossoroense morto em Jaguaruana-CE era peça-chave de quadrilhas do Nordeste, diz delegado

Chefe da PF de Mossoró, Samuel Elânio informou ao jornal O Povo que "Júnior bombado" era responsável por manusear e ativar explosivos nos ataques a bancos da região. Ele estaria envolvido no ataque ao banco de Icapuí e Baraúna, em 2014
Reprodução
O mossoroense Ediondas Duarte Júnior, conhecido como Júnior Bombado, de 30 anos, morto em confronto com a polícia do Ceará na madrugada deste sábado (1º), após explodir os bancos de Jaguaruana, daquele Estado, era peça-chave das quadrilhas de assaltos a bancos do Nordeste.

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A informação é do delegado Samuel Elânio, chege da Delegacia de Polícia Federal de Mossoró, que juntamente as polícias do Ceará e Paraíba, desbaratou a quadrilha de cerca de 20 pessoas - sete foram mortos. 

Ediondas Duarte Júnior, de Mossoró, atuava manuseando e ativando os explosivos em diversos ataques. A polícia acredita que ele esteja vinculado as ações anteriores nos municípios de Icapuí, Ceará, e em Baraúna, ataque ocorrido em 2014.

No caso do ataque ao Banco do Brasil de Baraúna, ocorrido no dia 5 de junho de 2014, Ediondas  Duarte chegou a ser preso no dia 22 de julho de 2014, por ordem de prisão preventiva decretada pelo juiz Claudio Mendes Junior.

Na ocasião deste assalto, um comparsa dele morreu em confronto com a Polícia Militar. Ediondas Duarte e Heider Mendes da Silva Junior e Sávio Delano Dantas de Medeiros fugiram, mas terminaram presos no mês seguinte.

Estes assaltantes, no entanto, terminaram em liberdade, por excesso de prazo no processo. Ou seja, quando a Justiça demora a julgar um processo, a Lei manda que o réu seja posto em liberdade. Foi o que ocorreu e Ediondas Duarte retornou ao mundo do crime.

O mossoroense começou a se envolver com crimes em São Paulo e é apontado como um dos líderes da quadrilha.

Outro já identificado é Guilherme Santos da Silva, natural de Campina Grande, na Paraíba, foi baleado no confronto e morreu no Hospital de Aracati. Também é um velho conhecido da Polícia. Antes de morrer, ele falou para os policiais que já era procurado por explodir bancos.

Os corpos não identificados estão na Perícia Forense do Ceará (Pefoce).

A quadrilha estava sendo investigada desde setembro de 2016 em integração da Polícia Federal, Civil e Militar, com trabalho coordenado em Mossoró e abrangendo também ações no Ceará e Pernambuco.

Nas últimas semanas, as polícias estavam mapeando os próximos possíveis alvos dos bandidos, quando foram informados, na sexta, de que agências bancárias de Jaguaruana seriam atacadas na madrugada do sábado.

Seis equipes do Comando Tático Rural chegaram a cidade para surpreender o grupo. Com o confronto, quatro morreram no local e três no hospital de Aracati. Quatro pessoas foram presas. 

A polícia não descarta que outros bandidos foram feridos e podem procurar atendimento em hospitais da região nas próximas horas. Há um suspeito internado em Aracati.

Segundo o jornal O Povo, a polícia descartou que um cidadão, que passava no local na hora do confronto, foi morto a tiros.


Relato dos policiais que participaram da operação em Jaguaruana
Estou chegando agora em fortaleza depois de uma noite em que o bem mais a vez prevaleceu sobre o mal. Em Jaguaruana pude ao vivo presenciar o quanto esses vagabundos são audaciosos cercaram toda a cidade e o primeiro a ser metralhado foi o destacamento dá cidade, policiais desesperados lá dentro e a população em pânico diante de tanta fúria dos quadrilheiros.

Eu e meus irmãos estávamos desde cedo campanados na cidade em veículos descaracterizados, e relato aos senhores que foi surreal ver o comboio de carros dos quadrilheiros passar ao nosso lado. Eles de forma impressa desceram do carro gritando "fecha a cidade, hoje ela é nossa".

Mal sabiam que COTARIANOS ali os esperavam para o combate, logo após a primeira explosão começamos a progredir no terreno e logo os avistamos e aí se deu início mais de uma hora de troca de tiro.

Eles não se rendiam fazíamos revezamento de fogo pois a todo momento eles disparavam contra nós. Mais ao fim do confronto Deus nos mostrou que em nenhum momento ele nos deixou.

Foi uma felicidade quando víamos que todos os policias estavam bem. Ao sair oramos pedindo discernimento, ao voltar oramos agradecendo mais um livramento.
SERTÃO... COTAR
 

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