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POLÍCIA
Da redação
03/03/2017 07:51
Atualizado
13/12/2018 02:34

Réu chora na frente dos jurados ao narrar como matou a mulher com uma facada devido a uma cachorrinha

Promotor de Justiça pediu a condenação do réu por homicidio duplamente qualificado e o advogado de defesa pediu que os jurados desqualifiquem o crime para lesão corporal seguido de morte
Cezar Alves
O réu Alberto Sinésio da Silva Melo, de 41 anos, chorou ao narrar aos jurados como matou a mulher Fransciscris Silva Fernandes, a facada, no dia 13 de agosto de 2016, no bairro Planalto 13 de Maio, durante o julgamento que está acontecendo neste momento no Fórum Silveira Martins, em Mossoró/RN.

Amor, como é mais conhecido o réu, contou que matou a mulher sem intenção de fazê-lo. Explicou que ela teria jogado a cachorrinha da filha de 5 anos na parede e veio para cima dele com uma faca e terminou ferida. Disse que prestou socorro também e que fugiu para não ser preso em flagrante.

O promotor de Justiça Armando Lúcio Ribeiro, em sua exposição no Tribunal do Júri Popular, combateu o depoimento do réu Amor. Antes de iniciar sua fala, Armando Lúcio explicou que este é o primeiro juri que faz depois que houve mudança no Código Penal, onde foi incrementado o feminicídio.

Armando Lúcio demonstrou com clareza que o crime foi duplamente qualificado e que na aplicação da sentença, esta deveria ocorrer com acréscimo de 1/3. No caso desta tese ser aceita pelos jurados, o réu Amor deve pegar de 12 a 30 anos de prisão, sendo inicialmente em regime fechado.

Já o advogado de defesa, José Oliveira Junior, conhecido por Júnior Macarrão, combateu a tese do MP. Sustentou que o seu cliente não tinha a intenção de matar. Tratou o caso como se o crime fosse acidental e que deveria o Conselho de Sentença desqualificá-lo para lesão corporal seguida de morte.

Antes de começar a defesa do réu, o advogado explicou porque o chamam de Junior Macarrão. Disse que tinha um metro e oitenta e um de altura e pesava só 60 quilos. Além disto, também gostava muito de macarrão em sua juventude. Daí passaram a chamá-lo pelo apelido há 30 anos.

Já na defesa do réu, Junior Macarrão explicou que as pessoas o chamam de Amor por ele ser uma pessoa muito amorosa, desde sua infância. Daí disse que a vítima era muito briguenta, violenta, agressiva, costumava bater no marido e que teria motivado a agressão que havia concluído em sua morte.

No caso desta tese ser aceita pelos jurados, o réu Amor será condenado a uma pena de mais ou menos 6 anos.

Neste momento, o promotor Armando Lúcio Ribeiro está na réplica, sustentando a tese pedindo a condenação do réu. Fala sobre os depoimentos das testemunhas.

 

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