22 DEZ 2025 | ATUALIZADO 11:34
POLÍCIA
Da redação
01/03/2017 13:17
Atualizado
14/12/2018 02:22

RN registra aumento de 51,07% no número de homicídios no periodo de carnaval de 2017 em relação a 2016

Natal lidera com 13 ocorrências, seguido de Mossoró com 5 e Parnamirim com 4. Foram 41 ocorrências com vítimas de arma de fogo, duas com arma bracan(faca) e uma vítima de uma paulada
Durante o período considerado de carnaval em 2017, que compreende da sexta-feira (24) ao meio dia da quarta-feira (1) de cinzas, foram registrados 44 Condutas Violentas, Letais e Intencionais em 19 municípios do Rio Grande do Norte. Ao todo, 41 vítimas de arma de fogo, 2 de arma branca (faca) e uma foi assassinada por com uma paulada.

Veja detalhes do relatório AQUI.
 
Em números percentuais, o Observatório da Violência do Rio Grande do Norte registrou 51,07% mais ocorrências do que aconteceu no mesmo período em 2016. E esta violência letal e intencional vem crescendo nestes intervalos ano a ano. Em 2015, haviam sido registrados 24 homicídios. O crescimento em 2017 superou todos os outros.

Obsevem as ocorrências por dia

 
O balanço, que foi fechado ao meio dia desta quarta-feira, registrou 13 ocorrências em Natal, sendo uma delas um policial militar, vítima de latrocínio. Foram precisamente 43 casos de homens e de uma mulher de vítimas de homicídio. Considerando os 12 meses do ano, o número de homicídios no RN é crescente desde 2005. Os piores anos haviam sido 2011 e 2016, agora  está sendo superado por 2017, não em função precisamente dos festejos de carnaval, de erros em políticas públicas de segurança.

Para o especialista em Políticas de Segurança Pública, Ivênio Hermes, coordenador do Observatório da Violência do RN, o Governo do Estado "repete o mesmo equívoco de tratar a segurança pública como algo eventual e pontual, criando bolsões e/ou bolhas de segurança, cuja eficácia restrita ao perímetro coberto, deixa uma lacuna propiciadora para o crescimento dos homicídios". Fala da necessidade de se ter um ciclo completo de políticas públicas de segurança.

Veja o quadro por região
Os eventos carnavalescos, em si, não aparenta ter sido os motivadores dos crimes (isto deve ser investigado) ocorridos neste carnaval. O município de Apodi foi o único que realizou festa pública de carnaval e não registrou homicidio. Ocorreu uma tentativa, motivada por vingança, considerando o histórico da vítima.

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Na grande maioria dos casos, trata-se de CVLIs motivados principalmente por vinganças, onde o alvo dos atiradores já estava pré definido bem antes do carnaval. Poderia ser neste período ou qualquer outro. 

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As cidades que mais registraram CLVIs foram Natal e Mossoró, que não realizaram grandes carnavais públicos. Apenas eventos pontuais. Em Macau, onde se realizava o maior carnaval do RN, com grande público e geralmente não se registrava homicídio, este ano não fez carnaval e registrou 2 homicidios.

Outro exemplo de cidade que também realizava grandes carnavais públicos e este ano de 2017 não realizou foi Areia Branca, que também aparece nas estatísticas com duas Condutas Violentas Letais e Intencionais.

Por região, conforme o gráfico à esquerda, a região Leste, onde fica a Grande Natal, registrou 28 ocorrências, seguido da região oeste, com 10 ocorrências. Observar que das 10 ocorrências, 5 foram em Mossoró e 2 em Areia Branca e 2 em Macau.

Observando nos últimos três anos, foram 24 casos de CVLIs em 2015, 29 em 2016 e agora em 2017 subiu para 44. O município com maior número de registros foi Natal, seguido de Mossoró, Parnamirim, Ceará Mirim, São Gonçalo do Amarante e Extremoz.

Veja as ocorrências por município

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