Ter a pena atenuada, sair do regime fechado para o semiaberto, ganhar a liberdade plena. Esses são sonhos de 10 em cada 10 presidiários, certo? Errado, pelo menos em Mossoró. O apenado Manoel Teixeira Filho conseguiu a progressão da sua para o semiaberto, mas com medo de ser morto, preferiu continuar no regime fechado.
Manoel cumpre pena na Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio. Na última quarta-feira, 14, ele pediu, à Vara de Execuções Penais de Mossoró, para continuar preso no regime fechado, temendo ser morto por inimigos integrantes de facções criminosas que controlam o pavilhão para o qual seria transferido.
Apesar de julgar que manter o preso em regime fechado contrariaria a lei, que determina a transferência obrigatória, o juiz Cláudio Mendes Júnior quis evitar que a progressão virasse “uma verdadeira sentença de morte” e pediu a intervenção do Executivo.
Nesse meio tempo, o detento foi transferido para o pavilhão do semiaberto, mas não está convivendo com os outros presos, nem trabalhando na lavoura, revelou a diretora do presídio, Alrivaneide Lourenço, ao portal G1. Segundo ela, Manoel terá um emprego fora da prisão. O preso, condenado por violência doméstica, tem mais três meses de pena a cumprir.
Regime semiaberto
Manoel teve progressão de pena depois de cumprir 1/6 da sentença e por ter bom comportamento. No Complexo Penal Mário Negócio, os presos do regime semiaberto saem da cela durante o dia para trabalhar na lavoura que existe dentro do próprio presídio. A função do regime semiaberto é ressocializar e evitar a reincidência.
Com informações do G1RN