17 MAI 2024 | ATUALIZADO 18:16
POLÍTICA
Da redação
10/10/2016 21:05
Atualizado
13/12/2018 13:45

‘Não posso oficializar que pacientes continuam morrendo por falta de recursos’, diz Zenaide ao votar não à PEC 241

Com exceção da deputada do PR, todos os demais membros da bancada potiguar na Câmara se posicionaram favoráveis ao projeto, aprovado em primeiro turno
Agência Câmara
Toda a bancada do Rio Grande do Norte da Câmara Federal esteve presente na sessão que analisou e aprovou, em primeiro turno, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que impõe limite ao gasto público por um período de 20 anos. Dois oito parlamentares potiguares, apenas Zenaide Maia, do PR, votou contra o projeto.

Zenaide utilizou suas redes sociais para justificar o voto. Ela destacou que não é contra reduzir gastos em um período de crise, mas destacou que a PEC aprovada representará cortes em áreas essenciais aos mais brasileiros, como saúde, segurança e assistência social.

“Eu, como médica, no serviço público de saúde, durante 30 anos, presenciei homens, mulheres e crianças morrerem de patologias em que era evitável a morte, mas morreram por falta de recursos, eu me sentia muito infeliz com aquilo, enquanto cidadão eu não poderia mudar aquilo. Hoje é diferente, eu como, deputada, não poderia oficializar, na Constituição, que eles (os pacientes) devem continuar morrendo”, frisou a deputada.

A parlamentar ainda classificou como ironia a aprovação da PEC pela Câmara Federal, uma vez que os deputados estão entre uma parcela mínima da população cujos gastos com a saúde são ilimitados. “A ironia disso tudo é que nós parlamentares estamos entre os 15% dos brasileiros que tem saúde sem limite de gasto, porque tudo que gastamos com nossa saúde e da nossa família é deduzido no imposto de renda, imposto esse que iria para o SUS, para educação dos outros 85% da população”, comentou.

Zenaide também defendeu outras formas de reduzir os gastos da União. “Por que ninguém falar em fazer auditoria da dívida pública, por que não reduzimos os incentivos às grandes empresas, por que não taxamos as grandes fortunas? Vai ser sempre a maioria da população que vai pagar o preço? Zenaide vota não”, concluiu.
 
 

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