02 MAI 2024 | ATUALIZADO 15:34
POLÍCIA
Da redação
07/09/2016 06:04
Atualizado
13/12/2018 03:07

"Sindicato do Crime" estocava 300 litros de combustível para novos ataques no RN

Durante a operação Medellín, deflagrada nesta terça-feira (06), o MPRN e Polícia realizaram condução coercitiva de 12 pessoas. Bens avaliados em R$ 20 milhões foram apreendidos, além de munições e do combustível.
Divulgação/PMRN
A facção criminosa Sindicato do Crime mantinha 300 litros de gasolina guardados possivelmente para usar em novos ataques no Rio Grande do Norte. A informação foi revelada através da operação Medellín, deflagrada pelo Ministério Público nesta terça-feira (06). 

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A investigação do MP e Polícia Civil descobriu ainda que as 12 pessoas, conduzidas coercitivamente, mantinham diversos bens como: 17 imóveis situados em condomínios de luxo na Grande Natal; 20 veículos considerados de luxo, aparelhos celulares e equipamentos eletrônicos como computadores. Balança de precisão, armas, dinheiro em espécie e uma máquina de contar dinheiro também foram apreendidos. 

O procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis Lima, afirmou que tratava-se de um esquema organizado, bem estruturado. 

"As drogas estão por trás da grande maioria dos crimes no Estado e um dos envolvidos nesse esquema tinha ligação com os maiores bandidos do país", destacou Rinaldo. 

O esquema foi dividido em três  principais núcleos, voltados para o tráfico de drogas, associação para tráfico de drogas e crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. 

Os chefes de cada núcleo adquiriram vultuoso patrimônio decorrente do tráfico de drogas, transferido a administração desses bens a terceiras pessoas. 

A investigação igualmente comprovou a participação no esquema de advogados e do agente da polícia civil Iriano Serafim Feitosa, já falecido. 

O principal envolvido é o traficante Gilson Miranda da Silva, que atua na distribuição de drogas do Estado. 

Gilson Miranda possui ligação direta com grandes traficantes do país, a exemplo de José Silvan de Melo, conhecido por “abençoado”, o qual foi preso em abril de 2015, no Estado do Mato Grosso, com R$ 3,2 milhões. Gilson é o principal suspeito de ter mando matar Bruno Rocha de Paiva, cujo corpo foi encontrado carbonizado na cidade de Arez (Inquérito Policial n.º 020/2014-DPA).
 
Esse IP foi apontado pelo APC Tibério Vinícius Mendes de França como suposto objeto de negociação financeira envolvendo o APC Iriano Serafim Feitosa e a advogada Ana Paula Nelson com vistas a que não houvesse continuidade da investigação desse homicídio.
 
Outro traficante apontado como um dos articuladores é João Maria Santos de Oliveira (“João Mago”), um dos líderes e fundadores da facção Sindicato do Crime, preso recentemente posto que além de foragido do sistema prisional desse Estado por ter sido liberado da Penitenciária Estadual de Parnamirim com um alvará falso, coordenava os atos de vandalismos praticados em retaliação à instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Parnamirim.

Outro "Núcleo" é o de Islânia de Abreu Lima, traficante e então companheira de Diego Silva Alves do Nascimento, conhecido como “Diego Branco”, que chegou a ser um dos criminosos mais procurados do Rio Grande do Norte e atualmente encontra-se recluso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. 

Islânia também foi presa após ter sido constatado o seu envolvimento com os atos de vandalismos praticados no Rio Grande do Norte em retaliação à instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Parnamirim.

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