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SAÚDE
Cezar Alves
08/05/2015 07:12
Atualizado
12/12/2018 23:31

Tribunal do Júri julga sucateiro e ASG acusados de crime de homicídio

O julgamento começou às 8h na manhã desta sexta-feira, 08, no Fórum Desembargador Silveira Martins, em Mossoró. Reus confessam autoria do crime

O Tribunal do Júri Popular se reuniu nesta sexta-feira, 8, no Fórum Municipal Silveira Martins, em Mossoró, para julgar o sucateiro Luciano de Lima Rodrigues e o ASG Francinaldo Vieira da Silva, o Naldo, denunciados pelo Ministério Público por crime de homicídio qualificado.

Luciano e Naldo, segundo o promotor Armando Lúcio, mataram com oito tiros Moisés Barros da Silva, no meio da tarde do dia 11 de dezembro de 2005, no bairro Bom Jesus, zona sul da cidade de Mossoró. Na ocasião, a vítima estava dormindo bêbado numa cadeira.

O julgamento começou às 8h. O promotor Armando Lúcio fez a denúncia dos dois réus no plenário. A tese de defesa foi feita pelos advogados Lúcio Ney de Sousa, Antônio Tomaz Neto e Ireno José Santos de Lima. Após a escolha do Conselho de Sentença, começou os depoimentos.

Nos depoimentos em plenário, Luciano confessou o crime. Disse: “Matei. Ele me atirou”, disse Luciano, mostrando o estrago do tiro na barriga. Disse que passou três meses no hospital e até hoje sofre sérias consequências dos tiros que sofreu Moisés Barros.

Ainda segundo Luciano, o seu irmão percebeu que Moisés teria ido terminar de matar ele no Hospital Regional Tarcísio Maia. Na ocasião, teria chamado a Polícia e Moisés foi preso, mas na Delegacia terminou solto. “Ele vivia ameaçando todos”, diz Luciano.

No dia do crime, Luciano disse que não planejou. Ele disse que chamou o amigo Naldo para ir numa mercearia comprar um lanche. Lá chegando, Naldo entrou para comprar o lanche e ele ficou na mobilete em frente ao comércio. Os dois estavam armados.

“Ele tentou puxar arma, eu puxei primeiro e matei ele”, diz Luciano.

Ainda segundo Luciano, Naldo não sabia que ele estava armado.

Naldo disse que o lanche era para Luciano, mas foi ele que entrou para comprar. Disse que não ter visto Luciano matar Moisés e nem sabia que ele estava armado. Disse que ele estava armado e quando viu as pessoas correndo, deu três tiros para o alto e fugiu.

Luciano, ainda conforme Naldo, fugiu do local do crime pulando uma cerca e correndo pela rua do lado. Concluído os depoimentos, o juiz Vagnos Kelly Figueiro de Medeiros abriu contagem de tempo (90 minutos) para o promotor Armando Lúcio Ribeiro faze a denúncia dos réus.

Armando Lúcio Ribeiro pediu a condenação dos réus por homicídio qualificado. Segundo Armando Lúcio, ao contrário do que afirmou os réus, as testemunhas oculares do crime afirmaram diferente. A vítima estava dormindo dentro de casa quando foi morta.

No caso da tese do Ministério Público Estadual ser aceita pelo Conselho de Sentença, os réus devem ser condenados a um período de 12 a 30 anos de prisão, em regime fechado.

Os advogados de defesa trabalham a tese de legítima defesa. Nesta tese, os réus mataram porque se sentiam ameaçados por Moisés, justificando que um ano antes Moisés já tinha baleado Luciano e vivia ameaçando-o de mortes. Era o terror do bairro.

O julgameno está previsto de ser concluído no final da tarde.

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