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ESPORTE
Da redação
18/02/2016 09:13
Atualizado
14/12/2018 00:42

Grande erro meu , diz Gleison Tibau após ficar fora do UFC por doping

O lutador admitiu ter usado uma substância recomendada por um amigo, mas não sabia que daria problema. Agora, pego no antidoping, o lutador ficará dois anos sem lutar
Reprodução/Sport TV Evelyn Rodrigues

O lutador Gleison Tibau está suspenso por dois anos do UFC, após ser flagrado no exame antidoping realizado antes de sua última luta quando venceu o americano Abel Trujillo, em São Paulo. Em entrevista ao Combate.com, o lutador explicou que sua atitude foi um grande erro, por não ter perguntando na academia se poderia usar a substância. "Foi um grande erro meu, uma burrice minha".

O potiguar admitiu o uso da substância eritropoietina (EPO), sendo pego com níveis acima do permitido pela WADA (Agência Mundial Antidoping), que tem suas normas seguidas pela USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos), responsável pelos testes nos atletas do Ultimate.

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Tibau contou ao Combate.com que um amigo disse para ele utilizar a substância, pois precisava aumentar seus glóbulos vermelhos, já que, por conta dos índices baixos, sua imunidade não estava boa. Sem saber da proibição, segundo o próprio lutador, acabou aceitando.

“Ele disse que era tranquilo, que eu ia usar duas semanas, ia igualar os níveis e não daria nada. Pedi para ele me mandar e comecei a tomar. (...) Na quarta de manhã a USADA fez o exame surpresa de sangue e urina. Jamais passou pela minha cabeça que daria problema”, explicou Tibau.

Em outro momento da entrevista o lutador explicou sobre o uso de EPO. “Conversei com médicos e cientistas da USADA, expliquei tudo passo a passo. Eles ficaram gratos pela contribuição. Espero que não aconteça com mais ninguém do mundo esportivo, porque foi chocante. Vemos nossa carreira, trabalho, tudo o que conquistamos indo ladeira abaixo. Foi um erro que causei sem imaginar o transtorno”, relatou.

Tibau desistiu de recorrer da pena de dois anos, pois teria que arcar todos os custos de audiência, e contratação de advogado – que seriam gastos que não compensariam.

Segundo ele, conseguiria, no máximo, reduzir a sua pena para 18 meses, mas o estresse emocional e físico o fez desistir de levar adiante o caso e, como colaborou, recebeu a punição mínima de dois anos.

Durante o período fora do octógono, o lutador afirma que vai trabalhar em seminários no Brasil, Europa e Ásia. Ele afirma que terá dificuldades financeiras. Portanto, já até mudou as escolas dos filhos.

“Minha família só me fortalece. Estão do meu lado firmes e fortes, mas tenho meus filhos, minha família, meus pais que dependem 100% de mim, então sei que tenho gastos mensais e anuais para manter todos eles. Eles não têm noção disso, mas eu tenho noção de que vai apertar um pouco. Falo por mim mesmo que fico triste de ter que tirar alguns benefícios dos meus filhos. Vou ter que mudar a escola deles, controlar mais meus pais, então sinto que vou tirar muitos benefícios deles que não deveria. Mas é a vida”, finalizou.

Com informações do Sport TV

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