05 DEZ 2025 | ATUALIZADO 10:37
NACIONAL
27/11/2025 11:14
Atualizado
27/11/2025 11:14

“Brasil será o laboratório mundial da convergência energética”, afirma Jean Paul Prates

Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras e atual chairman do CERNE, apresentou no Fórum LIDE Brasil–França, em Paris, a transformação do Brasil em um protagonista global da energia. Segundo ele, o país deixa de ser apenas produtor de petróleo para integrar diversas fontes energéticas, tecnologia e sustentabilidade. Prates destacou o “Brasil Equatorial”, região do Norte e Nordeste, como futuro polo global de energia renovável e indústrias verdes. Ele definiu o país como um “laboratório mundial da convergência energética”, combinando petróleo responsável, gás inteligente e renováveis para uma economia limpa e competitiva.
Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras e atual chairman do CERNE, apresentou no Fórum LIDE Brasil–França, em Paris, a transformação do Brasil em um protagonista global da energia. Segundo ele, o país deixa de ser apenas produtor de petróleo para integrar diversas fontes energéticas, tecnologia e sustentabilidade. Prates destacou o “Brasil Equatorial”, região do Norte e Nordeste, como futuro polo global de energia renovável e indústrias verdes. Ele definiu o país como um “laboratório mundial da convergência energética”, combinando petróleo responsável, gás inteligente e renováveis para uma economia limpa e competitiva.

No Fórum LIDE Brasil–França, realizado em Paris, o ex-presidente da Petrobras e atual chairman do CERNE, Jean Paul Prates, apresentou uma visão ampla e precisa da transformação em curso no setor energético brasileiro. O ponto central da exposição foi direto: o Brasil deixa de ser apenas um grande produtor de petróleo para se consolidar como um integrador global de energia, tecnologia e sustentabilidade.

O país reúne hoje cerca de 17 bilhões de barris de reservas provadas, com potencial que pode ultrapassar 30 bilhões. A produção nacional já atinge 3,5 milhões de barris por dia, sendo quase 80% oriundos do pré-sal. O campo de Búzios, que se aproxima de 1 milhão de barris/dia, simboliza o domínio tecnológico brasileiro em águas profundas. Petrobras, inclusive, acaba de ser reconhecida com o OTC Distinguished Achievement Award, e está implantando o maior projeto de reinjeção de CO₂ offshore do mundo, ampliando sua liderança em descarbonização e inovação.

No gás natural, o Brasil produz cerca de 160 milhões de metros cúbicos por dia, 86% offshore. Mais da metade é reinjetada para otimização dos reservatórios, mas o mercado interno pode dobrar até 2030, com novos gasodutos e terminais de GNL. As reservas provadas são estimadas em 18 Tcf, com potencial chegando a 26 Tcf.

No downstream, o país opera 19 refinarias, com capacidade total de 2,4 milhões de barris/dia. A Petrobras prevê investimentos de US$ 19,6 bilhões até 2029 para modernização, melhoria da qualidade dos combustíveis e expansão da produção de biocombustíveis avançados e SAF. Empresas privadas devem aportar mais US$ 5 a 10 bilhões em iniciativas complementares.

O setor elétrico permanece como o maior diferencial competitivo do Brasil. Com mais de 230 GW de capacidade instalada, sendo 85% renovável, o país possui uma das matrizes mais limpas do mundo. A rede de transmissão ultrapassa 185 mil km, e a de distribuição, quase 4 milhões de km. Além disso, mais de 3 milhões de sistemas de geração distribuída, majoritariamente solar, já somam mais de 40 GW. O crescimento acelerado da eólica e da solar reduziu pela primeira vez a participação hídrica abaixo de 45%.

Entre 2025 e 2030, os investimentos combinados em petróleo, gás, biocombustíveis e energia devem superar US$ 200 bilhões. São previstos US$ 120 a 150 bilhões apenas em óleo e gás, e mais US$ 90 a 120 bilhões em geração, transmissão, renováveis, hidrogênio e redes digitais.

O fórum também destacou novas oportunidades de cooperação entre Brasil e França em áreas como eólicas offshore, biocombustíveis avançados, tecnologias de CCUS, redes inteligentes e hidrogênio verde. Empresas francesas, reconhecidas por sua liderança em transição energética e inovação industrial, podem desempenhar papel decisivo na modernização da infraestrutura energética brasileira, especialmente em projetos que integrem engenharia, pesquisa e soluções digitais.

Prates ainda chamou atenção para a importância estratégica do “Brasil Equatorial” – conjunto de estados do Norte e Nordeste – que desponta como o polo de eletrificação, digitalização e expansão industrial verde de crescimento mais rápido no Hemisfério Sul. Com potencial excepcional em vento, sol e infraestrutura portuária, a região pode se tornar plataforma continental para exportação de energia renovável e tecnologias limpas.

“O Brasil quer ser o laboratório mundial da convergência energética. Um país onde petróleo responsável, gás inteligente, biocombustíveis sustentáveis e renováveis integradas se combinam para sustentar uma economia limpa, competitiva e inclusiva, aberta à cooperação e à troca tecnológica”, afirmou Jean Paul Prates

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