A Pesquisa Anual de Comércio (PAC) de 2023, divulgada pelo IBGE, revela que o setor comercial do Rio Grande do Norte (RN) atingiu seu maior nível de ocupação da série histórica em 2023, empregando 132.645 pessoas. Este número representa um aumento de 0,85% em relação a 2022, quando 131.524 trabalhadores formais estavam empregados. O crescimento acumulado da ocupação no comércio potiguar foi de 44% entre 2007 e 2023.
O ano de 2023 marca o terceiro ano consecutivo de crescimento da ocupação no comércio do RN, superando os níveis de emprego pré-pandemia. A série histórica, iniciada em 2007, registrou 92.113 pessoas empregadas no setor.
O comércio varejista foi o principal empregador no RN em 2023, com 95.220 pessoas ocupadas, o que corresponde a 71,7% do total. O comércio por atacado empregou 23.367 pessoas (17,6%), enquanto o comércio de veículos, peças e bicicletas foi responsável por 14.058 empregos (10,7%).
Em termos de receita bruta de revenda, o comércio potiguar registrou R$ 70,9 bilhões em 2023, um aumento de 13,18% em comparação com os R$ 63,6 bilhões de 2022. O varejo gerou a maior parte dessa receita, ultrapassando R$ 37 bilhões. O atacado acumulou mais de R$ 35 bilhões, e o comércio de veículos, peças e motocicletas, mais de R$ 7 bilhões.
Em 2023, o número de unidades locais com receita de revenda no RN cresceu 1,78% em relação a 2022, totalizando 21.182 empresas. O grupo varejista concentrou a maior parte das empresas, com 16.392 unidades (77,3% do total).
Apesar do aumento na ocupação e na receita, o salário médio no comércio do RN caiu de 1,5 salário mínimo em 2022 para 1,4 em 2023, retornando ao mesmo patamar de 2007. O comércio por atacado pagou o maior salário médio, de 1,6 s.m., seguido pelo comércio de veículos, peças e motocicletas (1,4 s.m.) e pelo comércio varejista (1,3 s.m.).
No Nordeste, o RN ocupa a sexta posição em receita bruta do comércio, com 6,3% de participação regional. Em termos de pessoal ocupado, o estado figura na quinta posição, e na sétima em número de empresas comerciais. No ranking nacional, o RN contribui com 1% da receita bruta de revenda de mercadorias do comércio brasileiro, ficando na 19ª posição.