27 ABR 2024 | ATUALIZADO 08:46
NACIONAL
Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília
22/03/2024 17:20
Atualizado
23/03/2024 07:18

Tenente-coronel Mauro Cid sai preso de depoimento no STF

Revista Veja postou audios do tenente-coronel Mauro Cid criticando Alexandre de Morais e falando que foi pressionado pela Polícia Federal para delatar episódios dos quais não tinha conhecimento ou "o que não aconteceram". Ele também disse que o PGR e o ministro Alexandre de Moraes tem uma narrativa pronta para prender todo mundo. Diante destes áudios, Mauro Cid foi chamado para prestar depoimento nesta sexta-feira, 22, no STF. Ao concluír, recebeu voz de prisão por descumprimento de cautelares impostas contra Cid e por obstrução de Justiça.
Revista Veja postou audios do tenente-coronel Mauro Cid criticando Alexandre de Morais e falando que foi pressionado pela Polícia Federal para delatar episódios dos quais não tinha conhecimento ou "o que não aconteceram". Ele também disse que o PGR e o ministro Alexandre de Moraes tem uma narrativa pronta para prender todo mundo. Diante destes áudios, Mauro Cid foi chamado para prestar depoimento nesta sexta-feira, 22, no STF. Ao concluír, recebeu voz de prisão por descumprimento de cautelares impostas contra Cid e por obstrução de Justiça.
Lula Marques/Agencia Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão do tenente-coronel Mauro Cid. A prisão ocorreu após ele prestar depoimento por uma hora, nesta sexta-feira (22), na sala de audiências do STF. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi chamado a prestar depoimento após a revista Veja publicar áudios em que o militar critica a atuação do magistrado e da Polícia Federal.

O depoimento durou cerca de uma hora e foi presidido pelo desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes. Também esteve presente um representante da Procuradoria-Geral da República (PGR), além da defesa do militar.

A prisão foi determinada por descumprimento de cautelares impostas contra Cid e por obstrução de Justiça. Após ser comunicado da prisão, ele foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para realização de exames.

De acordo com a reportagem da Veja, Cid afirmou que foi pressionado pela PF a delatar episódios dos quais não tinha conhecimento ou “o que não aconteceram”.

O ex-ajudante também afirmou, segundo a publicação, que a Procuradoria-Geral da República e Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre o militar no STF, têm uma “narrativa pronta” e estariam aguardando somente o momento certo de “prender todo mundo”.

Delação premiada

Mauro Cid fechou acordo de colaboração premiada após ter sido preso no âmbito do inquérito que apura fraudes em certificados de vacinação contra covid-19. Além do caso referente às vacinas, Cid cooperou também com o inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado que teria sido elaborada no alto escalão do governo Bolsonaro.

Defesa

Após a divulgação da matéria de Veja, a defesa de Mauro Cid, em comunicado, não negou a autenticidade dos áudios. Os advogados disseram que as falas “não passam de um desabafo em que relata o difícil momento e a angústia pessoal, familiar e profissional pelos quais está passando, advindos da investigação e dos efeitos que ela produz perante a sociedade, familiares e colegas de farda”.

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