Para ajudar a minimizar as perdas na extração das doses de CoronaVac nos postos de vacinação que têm impactado no rendimento da vacina, o Instituto Butantan afirmou que vai atualizar a bula do imunizante.
De acordo com o Instituto, o objetivo é orientar os profissionais da saúde sobre as melhores práticas para evitar desperdício.
“Nós entendemos que há três elementos fundamentais para conseguir tirar as dez doses: a agulha preconizada, de 25 mm, a seringa preconizada, que é de 1 ml, e a posição vertical na hora de aspirar as doses”, explica o diretor de qualidade do Butantan, Lucas Lima.
Além disso, é preciso extrair o líquido na altura dos olhos, para que seja possível determinar com precisão o volume dentro da seringa.
Nas últimas semanas, em diversos municípios, incluindo Mossoró e Parnamirim, além de outros no interior do estado, foi notificada a existência de frascos contendo com conteúdo menor do que o previsto, de 5,7 ml. De acordo com os relatos, os frascos rendiam menos doses do que as dez indicadas.
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O Butantan informou que todas as denúncias foram investigadas e que, em conjunto com a Vigilância Sanitária, determinou que não há qualquer variação no volume dos frascos de CoronaVac, e que a quantidade de líquido contida nele é suficiente para a extração de dez doses.
De acordo com a investigação do Butantan, o que deve estar acontecendo é excesso de perdas na extração das doses. Por isso, o Instituto divulgou vários comunicados com orientações sobre o manuseio indicado para aspirar o líquido e também pretende atualizar a bula da CoronaVac, com explicações mais detalhadas, imagens e a descrição dos equipamentos preconizados.
Também haverá um QR code levando para um vídeo tutorial que ilustra todo o processo. “O Butantan não vai só falar ‘não tem erro aqui’. A gente quer ajudar a minimizar os problemas lá na ponta também”, completa Lucas.