25 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:29
NACIONAL
04/02/2020 16:36
Atualizado
04/02/2020 17:15

“Boeing vai abraçar nossa Embraer e levá-la para o fundo do poço”, afirma Jean Paul

O senador criticou a fusão da Embraer com a Boeing. Ele destacou que uma decisão dessa magnitude não pode ser definida por um único conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e disse que o legislativo e a sociedade precisam debater melhor esse tema para não entregar uma empresa valiosa como a Embraer a outra que está quebrando.
FOTO: REPRODUÇÃO

Nesta terça-feira (4) o senador Jean Paul Prates (PT-RN) criticou a fusão da Embraer com a Boeing. Ele destacou que uma decisão dessa magnitude não pode ser definida por um único conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

“O Brasil é a parte mais interessada no assunto. Precisamos nos manifestar para que esse tema seja apreciado por todo o colegiado do CADE. Estou entrando com uma interpelação nesse órgão sobre o tema”, afirmou Jean Paul.

Na semana passada, o conselheiro do CADE, Alexandre Macedo, aprovou duas operações envolvendo a Boeing e a Embraer.

A primeira delas consiste na aquisição pela Boeing de 80% do capital do negócio de aviação comercial da Embraer.

A outra aprova a criação de uma joint venture (reunião de duas ou mais empresas com o objetivo de realizar uma atividade econômica comum) voltada para a produção da aeronave de transporte militar KC-390.

“A decisão do órgão brasileiro não pode ser feita por uma única pessoa. No Exterior, esse tema é debatido pela Comissão de Comércio dos EUA e pela Comissão Europeia, que suspendeu pela segunda vez a análise do acordo de joint venture entre a Embraer e a Boeing”, disse.

Jean Paul afirmou que o legislativo e a sociedade precisam debater melhor esse tema. “Querer passar uma empresa valiosa brasileira para outra que está quebrando é o mesmo que dizer que a Boeing vai abraçar nossa Embraer e vai levá-la para o fundo do poço”, afirmou.

Prates lembrou também que a empresa Boeing está envolvida com sérios problemas na fabricação de seus modelos 737 Max, que protagonizou dois acidentes fatais nos últimos cinco meses.

“A Boeing é um buraco negro, um sugador de energia e de dinheiro diante dessas vítimas fatais. Ela vai engolir nossa Embraer”, finalizou.


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