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SAÚDE
Da redação
05/08/2015 12:41
Atualizado
13/12/2018 11:05

Filmagens são comuns, diz PRF sobre abordagem à deputado

O episódio envolvendo o deputado estadual Carlos Augusto e agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi apresentado em sessão ordinária nesta quarta-feira (5) na Assembleia Legislativa.

A Polícia Rodoviária Federal, através do assessor de imprensa Roberto Cabral, informou que as filmagens durante abordagens é um procedimento padrão em casos em que o motorista se recusa a realizar o bafômetro. O inspetor também rechaçou as declarações do delegado de Polícia Civil, Helder Carvalhal, que alegou abuso policial contra o deputado estadual Carlos Augusto Maia, do PTdoB, durante blitz na BR-247 na manhã do dia 1º em Caicó-RN.

“Fomos pegos de surpresa com as declarações do delegado, pois as investigações são de competência do Ministério Público Federal. Ele emitiu uma opinião pessoal sobre o caso”, disse o inspetor Cabral.

O episódio envolvendo o deputado estadual Carlos Augusto e agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi apresentado em sessão ordinária nesta quarta-feira (5) na Assembleia Legislativa. Carlos Augusto Maia exibiu o vídeo e alegou que foi agredido pelos agentes da Polícia Rodoviária Federal.

“Minha indignação foi muito grande desde os primeiros momentos. Pelo que ocorreu e, também, por tudo o que foi sendo dito sobre este episódio. Fui duplamente desrespeitado, duplamente ultrajado”, disse o deputado.

Cabral apresentou a versão da PRF e disse que o parlamentar se irritou com as filmagens. Ele alegou que é procedimento comum o uso de celular durante a abordagem. “O veículo foi abordado durante uma blitz de bafômetro, e quem estava dirigindo era o motorista dele. Hoje é a ferramenta de todo policial para mostrar os fatos com mais relevância. O celular foi disponibilizado para todos os patrulheiros federais ”, disse o inspetor.

Ainda segundo Cabral, o parlamentar teria tentado jogar o celular do policial no chão. “O deputado apresentava sinais de embriaguez, estava alterado e não gostou da abordagem. Irritado com a abordagem, ele tentou tomar o celular do patrulheiro para joga-lo no chão.  O deputado foi detido e levado à delegacia por desacato. ”, complementou.

O deputado Carlos Augusto, em contato com o MOSSORÓ HOJE disse que não estava bêbado e que fez exame de alcoolemia no dia para comprovar isto. Disse que também foi submetido a exames de corpo delito, onde teria ficado comprovado a presença de hematomas provocados quando teria sido jogado no chão pelos inspetores da Polícia Rodoviária Federal.

De acordo com o inspetor, a Polícia Rodoviária Federal abriu procedimento administrativo para apurar qualquer irregularidade de algum policial durante a abordagem, e vai aguardar o desfecho através da apuração dos fatos pelos órgãos federais.

Deputados se solidarizam com Carlos Augusto no caso da agressão policial

Todos os parlamentares que apartearam o pronunciamento do deputado Carlos Augusto Maia (PT do B) demonstraram sua solidariedade e indignação com relação ao recente episódio em que foi abordado por agentes da Polícia Rodoviária Federal. A deputada Márcia Maia (PSB) foi a primeira a se pronunciar na sessão desta quarta-feira (5).

 “Minha solidariedade é principalmente com o ser humano, com o cidadão. Indignação com o cidadão de bem, o jovem que procura desempenhar bem as suas funções. Foi uma tremenda injustiça o que nós vimos”, disse Márcia. Na avaliação do presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira (PMDB), essa foi a prova cabal do despreparo de servidores públicos no uso de sua autoridade contra um cidadão de bem. “Não só a sua palavra merece toda a credibilidade da Assembleia, mas  os autos da delegacia de policia de Caicó registram que o cidadão Carlos Augusto foi vítima de violência física e moral, pela  truculência dos policiais”, disse.

O presidente afirmou que a Mesa Diretora não hesitará no uso de suas prerrogativas institucionais e legais  em defesa dos seus membros e tomará todas as medidas jurídicas necessárias para esclarecer o caso  e afastar a impunidade.

José Dias (PSD) se disse indignado com as imagens exibidas durante a sessão plenária. “Existem momentos em que é difícil falar, até para um deputado de oito mandatos e vivido como eu”. E prosseguiu: “Temos que tentar, mesmo não tendo sofrido diretamente a agressão que vossa excelência sofreu, controlar a indignação. A autoridade se baseia exatamente no exercício da vida pública e não na extrapolação”, finalizou.

O deputado Ricardo Motta (PROS) destacou a humildade demonstrada por Carlos Augusto Maia durante os 17 minutos de vídeo exibido. “Parabenizo o meu colega pela serenidade e pela humildade, ainda pediu desculpas mesmo tendo passado tudo o que passou A polícia é uma instituição séria que ajudou e tem ajudado ao nosso País, mas infelizmente não podemos deixar que maus elementos surjam”, declarou.

Alguns deputados ressaltaram a gravidade da distorção dos fatos. Galeno Torquato (PSD) disse que num primeiro momento até pensou que o colega pudesse ter cometido alguma infração, conforme anunciado pela imprensa. “Em seguida fui esclarecido que  Carlos Augusto, como cidadão, foi vítima da truculência desses homens que deveriam nos proteger”, disse.

Seridoense, o deputado Nélter Queiroz (PMDB) citou outras ações equivocadas da atuação policial, uma das quais também foi vítima e destacou o controle emocional do colega, diante das agressões: “Todo o povo do Seridó está indignado. Essa mesma polícia já humilhou o povo de Caicó e não entendo porque eles não fiscalizam a BR, mas ficam dentro da cidade”, afirmou.

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