Nesta Sexta da Paixão, eu gostaria de dizer que não posso deixar de crer num Cristo cujo ponta pé inicial na caminhada, foi transformar água em vinho. E não em qualquer vinho, mas no melhor vinho.
Depois esse cara revolucionou o bagulho: meio dia uma mulher sozinha trabalhando, porque era chamada de rapariga e escória, foi por Ele escolhida - sua porta-voz. Depois arruma como amigos: jovens, pobres, não alfabetizados, EX-PROSTITUTAS!!!!! Chocante né?
Sua mãe também deveria ser super bem falada, afinal engravidou quando ainda era noiva, e não foi do noivo. É sério gente, tá na Bíblia.
Mas, ainda sobre Jesus: mandou um rico vender tudo que tinha, dá aos pobres e segui-lo; depois parece que criou uma afeição por pecador, fraco e oprimido. Sua amiga mais próxima era Madalena, ficha: ex puta, ex possuída por uma legião de demônios.
Você não sabe essas coisas porque é preguiçoso, e nem tem mais idade para acreditar em tudo que te contam sem questionar.
A verdade é que Jesus quis mudar a realidade da sua época e foi crucificado. Essa era a sentença dada a uma pessoa naquele tempo “morte e morte de cruz”. Não foi qualquer morte, embora mais dois “bandidos” estivessem a seu lado, entendeu? Um foi perdoado. O outro escolheu seu destino, lembrando-nos da nossa responsabilidade e da diversidade de pensamentos e escolhas.
Mas, meu ponto é: sério Jesus, se não tivessem te criado, e eu quisesse sonhar com a existência de um Deus, Ele seria você. Um Deus humano. Morreu não pra apagar pecados, ou não só, isso é muito simples. Mas para transformar histórias e nos lembrar que devemos viver com utilidade: olhando por “detrás das malhadas” (vão no Google), acolhendo, amando, perdoando e cumprindo uma missão existencial.
Se a Sexta da Paixão me diz algo além do tradicional, é isso: viva uma vida que valha a pena, porque quando a dor chegar e ela vai chegar, você sabe a razão pela qual está ali, o sentido e o porque... e esse é, sem duvida, um grande passo na nossa evolução.
Obrigada meu pisciano favorito.