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POLÍCIA
Da redação
24/01/2017 08:02
Atualizado
12/12/2018 03:59

PM retira 18 caçambas de metralhas, armas brancas e materiais cortantes de Alcaçuz

Balanço foi divulgado pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel André Azevedo, durante reunião do GGI. Com o presídio deteriorado, presos têm utilizado restos de material de construção como armas.
Ivanízio Ramos
A Polícia Militar retirou nos últimos dias, de dentro da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, 18 caçambas carregadas de metralhas, armas brancas e materiais cortantes feitos artesanalmente pelos próprios presos. O balanço foi divulgado pelo comandante-geral da PM, coronel André Azevedo, durante reunião do Gabinete de Gestão Integrada, ocorrida na noite desta segunda, 23. Em razão do estado de deterioração do presídio, os presos têm utilizado restos de material de construção como armas.

Utilizando uma imagem aérea de Alcaçuz, o comandante-geral explicou ainda como se deu a ação da polícia nos dias de conflito entre facções na maior penitenciária do estado. “Nós agimos pautados pela técnica de gerenciamento de crise. Se tivéssemos entrado na penitenciária naquele dia em que as facções se enfrentaram pela segunda vez, nós teríamos tido certamente um número grande de mortos, inclusive de homens nossos. No entanto, agimos na hora certa e só tivemos uma morte comprovada. Esta foi a atuação da Polícia Militar, com base na técnica, na inteligência, e conseguimos preservar vidas e cumprir a lei”, destacou.
 
Plano de ações

Na reunião do Gabinete de Gestão Integrada, o governador Robinson Faria apresentou algumas medidas de recuperação do sistema prisional em curto e médio prazo. O encontro contou com a presença de autoridades como os presidentes da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, e do Ministério Público, Rinaldo Reis.

“Apresentamos aqui todas as medidas que serão tomadas para que possamos manter o controle sobre Alcaçuz, evitando fugas e impedindo que o confronto entre os presos se repita”, destacou o governador Robinson Faria.  

O secretário de Segurança, Caio Bezerra, explicou que serão realizadas diariamente intervenções na penitenciária para que seja possível restaurar minimamente a estrutura do local e se consiga oferecer mais segurança contra fugas ou rebeliões.

A chegada da Força de Intervenção Penitenciária, com 71 agentes com expertise em crise, somará reforços aos agentes da segurança pública estaduais e federais nas ações dentro do presídio. É importante ressaltar que será realizado o concurso para 41 agentes penitenciários efetivos e 700 agentes penitenciários temporários.

“Estamos com um Gabinete de Comando e Controle para reunir todo o nosso efetivo, através do qual assumiremos as missões diárias e distribuiremos as funções de cada uma das instituições participantes”, explicou Caio Bezerra.

Entre as ações, detalhadas pelo secretário, estão reparos nos pavilhões 2 e 3, instalação de uma cerca externa com sistema de alarme, reparo de três guaritas, implantação de um sistema de videomonitoramento e a limpeza da vegetação do entorno. Já foi iniciada a construção de uma barreira física separando as facções rivais dentro do presídio.

Nesta terça-feira (24), os contêineres terminarão de ser colocados, concluindo assim a barreira física temporária, até que muro de concreto seja erguido, o que deve acontecer dentro de 20 dias.  

Durante diálogo com os poderes, o projeto de Alcaçuz, instalada numa área de terreno arenoso de fácil escavação, foi alvo de críticas. “Houve um erro. Sem querer aqui apontar culpados, mas construir um presídio em uma duna é quase que ridículo", destacou Ezequiel Ferreira, após reiterar a cooperação da Assembleia em todas as suas esferas para o que for necessário. “Alcaçuz foi um erro terrível de concepção, espero que nunca se repita em nenhum outro governo”, concordou o procurador geral de Justiça, Rinaldo Reis.

Com informações da Assecom/RN
 

 

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