18 MAI 2024 | ATUALIZADO 13:39
NACIONAL
Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil - Brasília
05/05/2024 11:03
Atualizado
05/05/2024 11:54

Autoridades confirmam 66 óbitos e 101 desaparecidos no RS

Equipes de salvamento de vários estados e do Governo Federal informam que já retiraram mais de 10 mil pessoas das áreas de risco. Neste domingo, 5, o presidente Lula volta a se reunir com o governador Eduardo Leite e dezenas de prefeitos, em Portalegre, capital do Rio Grande Sul, para reforçar o trabalho de salvamento e já ir projetando a reconstrução de centenas de municípios afetados pelo maior desastre climático da história. Foto: Lauro Alves/SECOM/RS
Equipes de salvamento de vários estados e do Governo Federal informam que já retiraram mais de 10 mil pessoas das áreas de risco. Neste domingo, 5, o presidente Lula volta a se reunir com o governador Eduardo Leite e dezenas de prefeitos, em Portalegre, capital do Rio Grande Sul, para reforçar o trabalho de salvamento e já ir projetando a reconstrução de centenas de municípios afetados pelo maior desastre climático da história.
Lauro Alves/Secom/RS

Chegou a 66 o número de pessoas mortas pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul (RS), conforme o último boletim da Defesa Civil divulgado às 9h deste domingo (5). Outros seis óbitos continuam em investigação e 155 pessoas ficaram feridas. Há ainda 101 pessoas desaparecidas.

Neste domingo, 5, o presidente Lula voltou ao Rio Grande do Sul, para, novamente, se reunir com o governador Eduardo Leite, buscando meios para socorrer as vítimas e já ir projetando a reconstrução dos estragos causados pelo maior temporal de todos os tempos até agora.

Na primeira visita, Lula e Eduardo Leite, que são adversários políticos, sentaram e concordaram com um socorro integrado as vítimas da cheia no RS. Diversos outros estados brasileiros enviaram ajuda. Celebridades de várias partes do Brasil também enviaram ajuda financeira e estrutura.

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As autoridades do Governo Gaúcho estimam que mais de 10 mil pessoas foram resgatadas até agora.

O número de óbitos superou a última catástrofe ambiental do estado em setembro de 2023, quando 54 pessoas morreram devido à passagem de um ciclone extratropical. As autoridades afirmam que este é o pior desastre climático da história gaúcha.

As chuvas também obrigaram 95,7 mil pessoas a abandonarem suas casas, entre 80,5 mil desalojados e 15,1 mil desabrigados. Ao todo, as chuvas já afetaram 707,1 mil pessoas no estado. Dos 497 municípios gaúchos, 332 foram afetados pelas fortes chuvas, o que representa 66% das cidades do RS.

Ainda conforme o governo, mais de 420 mil pontos no estado seguem sem energia elétrica e 839 mil residências (27%) sem abastecimento de água.

As chuvas também provocam danos e alterações no tráfego nas rodovias estaduais gaúchas. Neste domingo (5), são registrados 113 trechos em 61 rodovias com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes.

Devido à cheia do lago Guaíba, em Porto Alegre, a prefeitura da capital pediu para os moradores racionarem água diante da interrupção do funcionamento de quatro das seis estações de tratamento. A mesma orientação foi passada por dezenas de outros prefeitos. 

Diversas áreas de Porto Alegre foram inundadas após o lago Guaíba, que atravessa a cidade, ter ultrapassado a cota de inundação e superado, neste sábado, os cinco metros, maior nível já registrado.

Na noite de sábado (4), o governador Eduardo Leite, e os ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) afirmaram que esforços conjuntos dos governos se concentram em resgatar o maior número de pessoas. Até ontem, mais de 10 mil resgates tinham sido realizados.

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Como ajudar

Neste momento, os itens mais necessários para doação são colchões novos ou em bom estado, roupa de cama, roupa de banho, cobertores, água potável, ração animal e cestas básicas, preferencialmente fechadas para facilitar o transporte. Saiba como doar com segurança as vítimas da maior cheia da história

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