O pescador Edvaldo Raimundo da Silva, de 48 anos, disse que não tem nenhum morador retirado da área de risco do Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco (Chesf) por determinação judicial sexta-feira passada que está ao léu, conforma havia dito o autônomo Antônio Francisco de Oliveira, de 54 anos, a reportagem do MOSSORÓ HOJE.
Os demais moradores contaram ao MOSSORO HOJE que quem procurou ajuda conseguiu. “Eu pensava que a Prefeitura queria botar a gente num galpão aí no dia não quis. Mas depois que vi a casa, que o lugar era bom, e conversamos com o prefeito Francisco José Junior aceitei na hora e estou gostando muito”, diz a dona de casa Irineide Felipe de Paiva.
O secretário da Transparência e Relações Interinstitucionais, Luiz Antônio Costa Reis, contou que a Ação Judicial da Chesf era contra 13 moradias que estava dentro da área de risco da companhia. Destes 13, pelo menos 6 comunicaram a Prefeitura não queria ajuda. Outros quatro moradores não se encontravam no dia do despejo. Já haviam saído.
Além desta área, o secretário Luiz Antônio Costa Reis foi informado também que pelo menos outras 45 famílias estão na mesma situação perto do local onde as casas foram derrubadas. O secretário disse que é consciente que a Chesf vai acionar a Justiça e vai conseguir o despejo.
Acrescentou que se algum morador desta nova área precisar de ajuda, a Prefeitura vai ajudar, porém ele admite que isto não vai acontecer agora. Demora. Ainda conforme Luiz Antônio, durante o despejo sexta feira passada, três famílias pediram ajuda.
MOSSORO HOJE foi conhecer o local. É o Centro de Referência e Assistência Social da Estrada da Raiz. É uma casa grande, com área em 70% da área construída, 6 quartos, sala, antessala, banheiros, cozinha. “Eu quanto vi gostei muito”, diz Irineide Felipe Paiva.
Além de ser uma área espaçosa, também é segura. “Podemos armar uma rede tranquilamente e dormira qualquer hora do dia”, diz Irineide Felipe, mostrando que cada filho ficou num quarto espaçoso. “Quem não veio foi porque não quis”, finaliza.
O secretário Luiz Antônio disse que quem não aceitou a ajuda Prefeitura por alguma razão, inclusive orientação equivocada de alguém, perde a razão de reclamar que não recebeu ajuda. “Hoje vamos conversar com 5 famílias, duas que alegam não ter para onde e ir e três que querem religar a água e a luz de suas casas. Vamos ajuda-los”, garante Luiz Antônio.
Moradores cadastrados
O secretário Luiz Antônio disse que as assistentes sociais da Prefeitura passaram de casa em casa cadastrando os moradores e verificando a situação social de cada família. Este cadastro será usado para acomodar os moradores no novo conjunto que será construído com recursos que já estão assegurados na Caixa num terreno que a Prefeitura comprou perto.
Sobre a construção do conjunto, a reportagem do MOSSORÓ HOJE conversou com o secretário de Planejamento Josivan Barbosa. Ele contou que a demora para fazer estas casas se deu pelo fato da Prefeitura não ter recursos para comprar a propriedade a vista. Teve que parcelar. Agora que está tudo regularizado, será aberto o processo e espera concluir em 18 meses.