Após a confirmação desta quinta-feira, 14, pelo Ministério da Saúde, de 8 casos do zika vírus no Rio Grande do Norte, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) aguarda a chegada dos laudos dos pacientes para adotar ações de vigilância, prevenção e controle da doença no estado.
Segundo a subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica, Kristiane Fialho, a Sesap segue um protocolo determinado pelo Ministério da Saúde e só poderá se pronunciar sobre a área de abrangência dessas ações quando receber, oficialmente, as informações sobre os exames realizados pelo Instituto Evandro Chagas.
“A nossa expectativa é de que, nos próximos dias, o Ministério da Saúde nos remeta esses documentos para definirmos estratégias de ação”, declara ela.
Segundo Kristiane Fialho, trata-se de uma doença benigna que tem um período de incubação de cerca de quatro dias e evolução em sete. Caracteriza-se, principalmente, por febre, dores musculares, olhos vermelhos e manchas vermelhas no corpo. A transmissão se dá, assim como a dengue e chikungunya, por meio da picada do mosquito Aedes Aegypti.
O tratamento é baseado no uso de paracetamol para febre e dor. Não há registros de óbitos causados pela doença. Também não há vacinas contra ela.
“Mas é importante chamar a atenção para as medidas de prevenção que também são semelhantes às da dengue e da chikungunya. Não existem medidas de controle específicas direcionadas ao homem, uma vez que não se dispõe de nenhuma vacina ou drogas antivirais. Dessa forma o controle está centrado na redução da densidade vetorial como, por exemplo, mantendo o domicílio limpo eliminando os possíveis criadouros.
O secretário estadual de saúde do RN. Ricardo Lagreca, disse que o Estado não possui o vírus da chikungunya. Sobre o Zika vírus, Lagreca afirmou que foi trazido ao Brasil durante a Copa do Mundo.
O zika vírus foi isolado pela primeira vez em 1947 a partir de amostras em macacos Rhesus na floresta Zika, em Uganda. Ele é endêmico no leste e oeste africanos e, no continente americano, foi identificado na Ilha de Páscoa, território chileno, no início de 2014, segundo o ministério.